A delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado foi homologada na noite dessa terça-feira (24) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, segundo o Valor Econômico.

Machado aparece na gravação que provocou a queda do ex-ministro do Planejamento e atual senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Segundo fontes do jornal, a delação tem novas informações graves ainda não publicadas, que mostrariam políticos do PMDB tentando impedir o andamento da Operação Lava Jato.

OPINIÃO » Romero Jucá ficou tanto tempo nos limites da lei que não percebe mais o que faz de errado Segundo o Valor, a delação inclui, além das gravações não autorizadas de conversas com Jucá, outros áudios com líderes do partido, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney.

LEIA TAMBÉM » Gilmar Mendes assume presidência de turma responsável pela Lava Jato no STF » Bancadas do PT, PDT, PPS, PCdoB e Rede do Senado vão à PGR contra Romero Jucá » Gilmar Mendes diz que não viu tentativa de barrar Lava Jato em gravação de Jucá » Conselho de Ética tem cinco dias para dizer se aceita processo contra Jucá Com a homologação pelo STF, o conteúdo passa a ter valor jurídico, podendo resultar em novos inquéritos.

As investigações são abertas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pela Corte.

O próprio Zavascki é citado em trecho da conversa.

Em dado momento, o senador diz que havia mantido conversas com ministros do Supremo, menos o relator da Lava Jato, a quem se refere como “um cara fechado”. » Veja os diálogos de Jucá sobre a Lava Jato e acordão nacional » Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato