Foto: reprodução/Twitter.
Estadão Conteúdo - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa usou sua conta oficial no Twitter para repercutir o escândalo que levou à saída de Romero Jucá (PMDB) do Ministério do Planejamento. “Bem, eu avisei”, disse o ex-ministro, que já se manifestou várias vezes contra a forma como foi conduzida o processo de impeachment e chegou a afirmar que Michel Temer não teria legitimidade para governar o País.
LEIA MAIS: » PT vai usar crise para tentar anular impeachment » Publicada exoneração de Romero Jucá no Diário Oficial » Após gravação de Jucá, PT quer suspender sessão da comissão do impeachment e obstruir votação da meta fiscal A manifestação ocorre após Jucá, que é investigado na Lava Jato, ser flagrado em uma conversa com outro investigado, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, discutindo como “estancar” a operação com a chegada de Temer ao poder antes mesmo de o impeachment ser votado.
Com o escândalo, o peemedebista foi o primeiro ministro do governo interino a cair, apenas 12 dias após Dilma ser afastada. » Nova fase da Lava Jato investiga ex-assessor do PP » Romero Jucá afirma que ‘caiu a ficha do PSDB’ sobre operação Lava Jato » Temer diz que Jucá continuará auxiliando governo fora do ministério Bem, eu avisei!!! — Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 23 de maio de 2016 Barbosa, que ficou famoso devido ao seu rigor no julgamento do mensalão, que levou à prisão membros da cúpula do PT no governo Lula e desmascarou um esquema de corrupção que, anos mais tarde, desembocaria na operação Lava Jato, costuma se manifestar sobre a situação política atual e fazer duras críticas aos partidos e políticos. » Veja os diálogos de Jucá sobre a Lava Jato e acordão nacional » Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato » Polícia Federal deflagra nova fase da Lava Jato em Pernambuco e mais dois Estados O ex-ministro do STF, que hoje atua como advogado, chegou a discursar em uma palestra logo após o processo do impeachment ser aprovado pelo Senado. “É muito grave tirar a presidente do cargo e colocar em seu lugar alguém que é seu adversário oculto ou ostensivo, alguém que perdeu uma eleição presidencial ou alguém que sequer um dia teria o sonho de disputar uma eleição para presidente.
Anotem: o Brasil terá de conviver por mais dois anos com essa anomalia”, disse na ocasião.