Passado mais de uma semana após a posse dos ministros do governo Michel Temer (PMDB), o líder da oposição na Câmara do Recife, Osmar Ricardo (PT), chamou a atenção nesta segunda-feira, 23, para uma suposta incoerência por parte da Justiça brasileira.

Tomando como referência o episódio envolvendo o ex-presidente Lula, para ele proibido de assumir um ministério por ser alvo da Operação Lava Jato, Osmar Ricardo avaliou que a Justiça brasileira não adota o mesmo peso para os ministros recém-empossados no governo Temer.

Na verdade, Lula não assumiu por ser alvo da Lava Jato.

Não asusmiu porque havia desvio de finalidade na iniciativa de Dilma, que buscava protegê-lo com o ato. “O Lula não tomou posse por entenderem que seria para obstruir as investigações da operação.

Agora eu pergunto: E essas gravações do Jucá em que ele defende a necessidade de se estancar o andamento da operação.

Isso é o que?” Osmar Ricaro diz que, no primeiro escalão do governo provisório, estariam sendo alvo de investigação Mendonça Filho (DEM), Bruno Araújo (PSDB) e Raul Jungmann (PPS). “Todos receberam dinheiro da Odebrecht, alvo da investigação.

Cadê a Justiça que não se pronuncia?

Agora o que é curioso é que a presidente Dilma foi afastada sem nenhum envolvimento com esquema de propina”, disse acreditar, sem levar em conta o conjunto da obra, além dos alegados crimes fiscais.

O petista avaliou que a Justiça e o parlamento brasileiro estariam tentando a todo custo somente criminalizar o PT pela corrupção no País, mas, ressalta que a população está atenta. “A turma do golpe está alinhado ao prefeito Geraldo Julio (PSB) e aos candidatos ao comando da cidade Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM)”, afirmou, tentando trazer a polêmica para o plano local.