Estadão Conteúdo - O presidente em exercício Michel Temer fará nesta segunda-feira, 23, visita ao Senado para pedir apoio à votação da nova meta fiscal - fixada com um rombo de R$ 170,5 bilhões.
Será a primeira vez que Temer vai ao Congresso após a aprovação da abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
LEIA MAIS: » Congresso ainda resiste à reforma da Previdência » “Governo não tem a opção de fracassar”, diz José Serra » Temer financiou candidaturas com doações de empresas da Lava Jato Até este domingo, 22, não estava definido exatamente como se dará a visita de Temer: se ele será recebido no plenário ou apenas no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O PT promete constranger o presidente em exercício durante a visita. “Não reconhecemos a legitimidade do Temer.
Para nós, ele chegou ao comando do País por meio de um golpe”, disse o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). “Por tudo isso, dependendo como for essa visita dele, não descartamos recebê-lo com vaia.” » Para evitar manifestação, Michel Temer deixa SP e volta para Brasília » É preciso melhorar política habitacional, diz MTST em ato da oposição no Rio » Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato A ida de Temer ao Senado foi divulgada pelo ministro do Planejamento, o senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR).
A expectativa é de que haja poucos senadores circulando pela Casa, portanto a visita de Temer será mais simbólica e terá como objetivo dar um recado: de que a aprovação da meta fiscal é urgente. “A preocupação primeira é essa”, afirmou Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM no Senado.
Agora na base governista, o DEM promete sair em defesa de Temer e ressalta a importância do gesto do peemedebista. “É um gesto que cativa e estende a mão”, disse Caiado. » Governo trabalha na reforma da Previdência » Mudanças na Previdência: Temer convoca reunião com centrais sindicais » Daniel Coelho defende reforma da Previdência logo após processo de impeachment A senadora Vanessa Graziottin (PC do B-AM) rebateu a tese de que, ao se aproximar do Congresso, Temer é diferente de Dilma. “Eles (aliados de Temer) têm razão em dizer que ele não é igual à Dilma.
Ele é golpista e ela não.
A máscara dele está caindo”, afirmou.
A senadora lembrou que Dilma também previu um déficit e veio ao Parlamento em fevereiro na abertura do ano legislativo, mas ainda assim o Congresso não aceitou a proposta do governo petista. » Para Humberto, Temer quer recriar “engavetador-geral da República” » Juiz Sérgio Moro condena José Dirceu a 23 anos de prisão na Lava Jato » Posse de ministros de Temer confirma ausência de mulheres no primeiro escalão Vanessa chamou de “conversa fiada” o discurso de que Temer terá uma nova relação com os parlamentares.
Ela não prevê nenhum ato em protesto contra a presença de Temer na Casa, mas sim um discurso enfático em plenário da ala pró-Dilma contra o governo em exercício. “A posição será expressa no debate da matéria”.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.