O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, nesta segunda-feira (23), após o vazamento da gravação que provocou o pedido de Romero Jucá (PMDB-RR) para sair do Ministério do Planejamento, que o Partido dos Trabalhadores vai obstruir a votação da nova meta fiscal, marcada para esta terça (24), às 11h.
Além disso, o petista afirmou que a legenda vai tentar suspender a sessão da Comissão Especial do Impeachment no mesmo dia.
Romero Jucá aparece em uma gravação oculta afirmando que a Operação Lava Jato, em que é investigado, seria uma ‘sangria’ que precisaria ser ’estancada’. “Isso tem que ser investigado.
Está claro o desvio de finalidade do impeachment.
Nós vamos obstruir a sessão do Senado, da Câmara, do Congresso.
Nós não vamos aceitar a alteração da meta fiscal”, afirmou o senador na tribuna da Casa. “Afastaram a presidente Dilma com um discurso, o discurso de que ela não cumpriu a meta fiscal, de que ninguém poderia gastar mais do que arrecada.
Na outra semana eles mudam de opinião, ampliaram gastos”, justificou Lindbergh.
LEIA TAMBÉM » Após reunião com Temer, Romero Jucá pede licença do Ministério do Planejamento » Renan Calheiros antecipa votação da meta fiscal » Senado define na terça-feira novo cronograma do processo de impeachment de Dilma O senador afirmou ainda que o rombo apresentado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), que esteve no Senado para pedir agilidade na votação, é de R$ 170,5 bilhões, embora, segundo o petista, tenha sido de R$ 15 bilhões de janeiro a março. “Com abril o cálculo é que chegue a R$ 20 bilhões.
Os outros R$ 150 bilhões são deles”, acusa. “O que está por trás dessa conta?
Estão querendo pagar a conta do impeachment?”, ironizou.
Em resposta, Romero Jucá alfinetou o partido de Lindbergh: “Vamos ver o tamanho do PT, se eles vão conseguir novamente atrapalhar o Brasil.”