Foto: Jarbas Araújo Em discurso no Grande Expediente dessa quarta-feira (18), a deputada Teresa Leitão mencionou e reiterou a cobrança pública de informações que fez ao atual Ministro da Educação, Mendonça Filho, tomando como base três pontos relacionados à educação.

LEIA TAMBÉM: » Mendonça Filho culpa Dilma por dívida da Cultura e faz planos para 2017 » Senado convoca Mendonça Filho para explicar fim do Ministério da Cultura Mesmo tendo tratado da questão na semana passada durante a posse do novo presidente do Conselho Estadual de Educação na última quinta-feira (12), data em que os ministros do novo governo tomavam posse, a deputada considerou pertinentes suas preocupações, já que tomou como base diretrizes previstas no documento Uma Ponte Para o Futuro, divulgado pelo presidente interino Michel Temer.

Teresa justificou que a cobrança foi feita no dia da posse dos ministros porque o documento foi apresentado ainda quando Dilma era presidente, com legitimidade dos seus 54 milhões de votos e é nesse documento que ministros estão se apoiando. » Mendonça Filho é recebido sob protestos no ministério e artistas prometem ato no Recife » Novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, diz que projetos que dependem da Lei Rouanet serão mantidos Para a deputada os três destaques previstos no programa Uma Ponte Para o Futuro podem desestruturar a política educacional no Brasil, " uma política desafiadora, ainda em construção e vivenciada por um instrumento de construção coletiva chamado Plano Nacional de Educação". “O que se fizer por fora do Plano é um ataque a um processo de construção que decorreu de mais de 5 mil conferências municipais e de conferências estaduais realizadas em todos os Estados da Federação e Distrito Federal, que culminaram com a Conferência Nacional de Educação”, registrou. » PT de Pernambuco já faz as primeiras cobranças ao ministro Mendonça Filho´ na Educação » Mendonça Filho e MBL ironizam militantes do PT que o chamaram de golpista As metas do Plano Nacional de Educação serão avaliadas a cada dois anos e deverão acontecer em 2017.

Teresa pediu respeito ao PNE e disse não acreditar que o atual governo vá participar dessa avaliação. " Acredito na volta da presidenta Dilma.

Se este governo não irá participar do momento do monitoramento no próximo ano, deveria respeitar a Lei", cravou.

A deputada enfatizou que solicitou ainda ao atual ministro que não promova a desvinculação dos recursos da União, que hoje prevê valores vinculados e obrigatórios para a União na casa de 18% e Estados e municípios de 25%, o que garante minimamente a política educacional. » Ao desembarcar no Recife, militantes do PT chamam Mendonça Filho de golpista Teresa esclareceu que a desvinculação representará ainda o fim do piso salarial profissional nacional, um conquista da categoria nas políticas de valorização profissional, não só com relação aos salários, mas também ao plano de carreiras." E nesse quesito Pernambuco está devendo, porque desde janeiro não negocia com o Sindicato para implementar a Lei, que é federal e restabelecer o percentual e o valor mínimo do piso das carreiras do magistério", pontuou a deputada.

Diante disso, Teresa disse que aguardará esclarecimentos do novo ministro. “Ações na área de educação são políticas de Estado, que não podem ser mudadas pelo governo de plantão”, complementou.