Na Folha de São Paulo De volta ao Brasil nesta quinta (19), o ex-ministro Pedro Parente deve conversar com o presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), sobre o convite para assumir o comando da Petrobras.

Segundo assessores do presidente, a conversa pode ser por telefone ou pessoalmente e o nome de Parente é o preferido de Temer para o lugar do atual presidente da estatal, Aldemir Bendine.

Parente conta com apoio do ex-presidente FHC, de quem foi ministro da Casa Civil, mas tem também respaldo dos auxiliares mais próximos do presidente interino.

Semanas antes da posse de Temer, quando seus colaboradores começaram a cogitar nomes para formar o governo, Moreira Franco citou Parente como qualificado para ocupar cargos de perfil tanto político quanto técnico.

Temer e Pedro Parente conversaram por telefone dias atrás, antes de o executivo viajar a Nova York.

Na conversa, o presidente disse que precisava falar com o ex-ministro, que perguntou se deveria cancelar a viagem.

O peemedebista disse que não e ficaram de conversar na volta, o que está previsto para esta quinta.

SAÍDA AMIGÁVEL Apesar da troca na presidência da estatal, o governo Temer tem interesse em manter o atual diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, com o aval do ministro Henrique Meirelles (Fazenda).

Dentro da empresa, no entanto, imagina-se que Monteiro possa sair com Bendine, já que os dois vieram juntos do Banco do Brasil e são amigos.

Bendine foi avisado na semana passada que deixará o cargo.

Emissários de Temer pediram, porém, que esperasse a indicação do novo nome.

O presidente da Petrobras disse a Temer que está disposto a renunciar ao cargo, para facilitar os trâmites burocráticos da troca no comando da estatal.

A aprovação de um novo nome tem que passar pelo conselho de administração da companhia, indicado ainda no governo Dilma Rousseff e formado, em sua maioria, por nomes de fora do governo.

Não há sinais de que haverá resistência com a troca de comando, caso o nome indicado tenha respaldo do mercado, disse um conselheiro.

Caso contrário, o governo teria que convocar assembleia de acionistas para eleger um novo conselho.