O ex-presidente Lula (PT), padrinho político de Dilma Rousseff (PT), comentou, nesta quinta-feira (19), em entrevista a jornais estrangeiros por que estava cabisbaixo no ato de afastamento da aliada, há uma semana. “Foi um dia muito triste para mim.

Não era apenas uma presidente que estava deixando a presidência de forma abrupta, era um projeto de sonho, um projeto de inclusão social.

Um projeto que mostrou ao mundo que fica muito facil você governar um País e resolver os problemas do povo pobre quando você inclui os pobres no orçamento do País, quando você deixa de tratá-lo como estatística e trata como gente”, disse o petista.

Lula afirmou ainda que, para ele, a saída de Dilma foi “quase um estupro à democracia brasileira”.

Dilma foi afastada por 55 votos a 22 no Senado.

Agora, a petista aguarda o processo de impeachment ser analisado em comissão na Casa e depois julgado em plenário, quando precisa de dois terços dos senadores, o que equivale a 54 parlamentares.

O período máximo que a presidente pode ficar fora do cargo é 180 dias; se não for julgada até lá, volta ao governo para aguardar a apreciação da ação.

O processo de impeachment foi aberto por três juristas - Janaína Paschoal, Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo - alegando que a abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso e as famosas “pedaladas fiscais” em 2015.