Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Estadão Conteúdo - Em seu primeiro teste da base aliada, o governo do presidente da República em exercício Michel Temer ainda trabalha na definição do tamanho do rombo que será exposto na proposta a ser votada pelo Congresso Nacional.
O novo déficit poderá ser superior a R$ 120 bilhões.
E pode chegar a R$ 130 bilhões, a depender dos cenários fiscais contemplados na proposta.
LEIA MAIS: » Temer abriga aliados de Cunha no Planalto » Governo Temer define ‘ordem e progresso’ como slogan » Ministro diz que governo não aumentará recursos para a Saúde O governo deve apresentar uma proposta de nova meta fiscal já com uma ressalva a respeito do rombo.
Essa correção irá prever eventuais impactos de um aporte financeiro do Tesouro Nacional à Eletrobrás por causa dos problemas com o balanço de 2014, segundo o ministro do Planejamento, Romero Jucá.
O mais provável é que a votação ocorra na próxima semana, embora ainda não esteja descartada a apreciação na quarta-feira, 18, ou quinta-feira, 19.
A expectativa inicial de que a proposta fosse apreciada nesta terça-feira, 17, está descartada, diante da falta de acerto do déficit. » Temer nomeia advogado de Eduardo Cunha para Jurídico da Casa Civil » Michelzinho escolhe marca do governo Temer e vira meme na web; veja » PT não inventou corrupção, mas sistematizou atuação partidária, acusa Delcídio Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a equipe econômica quer definir uma estratégia para a meta fiscal que abarque os riscos fiscais de todo o ano de 2016, um “colchão de segurança” para não se repetir o que ocorreu em 2014 e 2015, quando o governo não foi transparente e só revisou as respectivas metas no fim do ano.
A vantagem desse caminho é que, se o resultado for melhor do que o previsto no fim do ano, a equipe econômica poderá dizer que fez um esforço fiscal acima do previsto originalmente.
Essa saída poderia ajudar ainda mais na tentativa de restaurar a confiança nas contas públicas. » Novo slogan de Governo Temer gera memes na internet; confira » ‘Bela, recatada e do lar’: campanha na web ironiza perfil de Marcela Temer em revista; Veja os memes Desde que assumiu o governo, Temer trabalha na alteração do projeto que revisa a meta para comportar o rombo maior por causa da negociação da dívida dos Estados com a União.
Essa emenda que será apresentada ao projeto - e já está no Congresso - deixa em aberto o valor da meta fiscal. “Questão dos Estados também é uma das incógnitas”, disse na segunda-feira Jucá. » Parlamento predomina em ministério de Michel Temer » Cidade Viva debate novos desafios do governo Temer » Presidente do PT chama novo governo de ‘usurpador’ e partido prega ‘Fora Temer’ » Nova oposição mira em cinco senadores para tentar reverter impeachment de Dilma Até o momento, o projeto que revisa a meta - enviado pela presidente afastada Dilma Rousseff ao Congresso em março - ainda não contemplou essas mudanças.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tem se mostrado favorável a ajudar Temer na aprovação da revisão da meta até o final do mês, o que, se não ocorrer, poderá levar a uma paralisia da máquina pública federal. » Quem vai defender Temer no Senado? » Veja perfil dos 23 ministros da equipe de Michel Temer » Posse de Fernando Filho no governo Temer constrange banda do PSB em Pernambuco Renan tem poderes para convocar uma sessão conjunta para apreciar a nova meta diretamente em plenário.
Contudo, ele ainda não informou quando fará a reunião de deputados e senadores para discutir a proposta.
Aliado de Renan, Jucá foi escalado por Temer para negociar a votação da mudança da meta no Congresso. “Acredito que é possível votar ainda nesta semana”, afirmou Jucá As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.