Michel Temer, presidente interino do Brasil.

Foto: Arquivo / Marcello Casal Jr / Agência Brasil Estadão Conteúdo - O senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou, na noite dessa segunda-feira, 16, torcer para que o governo Michel Temer (PMDB) dê certo, mas que os primeiros passos da gestão preocupam.

Segundo Delcídio, Temer indicou “alguns ministros fraquinhos”, citando como exemplo o titular de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho.

Além disso, o ex-senador apontou como problema o fato de Temer não ter base social.

LEIA MAIS: » Temer nomeia advogado de Eduardo Cunha para Jurídico da Casa Civil » Michelzinho escolhe marca do governo Temer e vira meme na web; veja » PT não inventou corrupção, mas sistematizou atuação partidária, acusa Delcídio “Acho que o presidente Temer tem um grande desafio pela frente.

Nomeou Meirelles (Fazenda), um nome importante, Serra (Relações Exteriores), que é um nome relevante, faz ’nhem nhem nhem’, mas é qualificado, mas fomos de oito para 80.

Antes tinha político de menos e agora temos um governo com político demais.

Alguns ministros são bem fraquinhos, o de Minas e Energia por exemplo, e estou falando porque sou da área.

Tem que colocar gente que conheça”, criticou o senador cassado, o participar do programa Roda Viva, da TV Cultura. “Os primeiros passos preocupam muito, o governo Temer não tem base social nenhuma, não é fácil governar assim um País complexo como o Brasil.

Temer vai precisar ter muita coragem para adotar as medidas duríssimas na economia.” » Governo Temer define ‘ordem e progresso’ como slogan » Novo slogan de Governo Temer gera memes na internet; confira » ‘Bela, recatada e do lar’: campanha na web ironiza perfil de Marcela Temer em revista; Veja os memes ‘Aposentadoria’ Com sua experiência no Senado, Delcídio descartou a possibilidade de Dilma Rousseff conseguir sobreviver ao processo de impeachment e retornar à Presidência da República. » Posse de ministros de Temer confirma ausência de mulheres no primeiro escalão » “Não fale em crise, trabalhe”, diz Michel Temer em discurso de posse » Quatro pernambucanos entre os ministros de Temer; Fernando Filho é novidade na Minas e Energia “A presidente Dilma não volta mais.

Só esses 55 votos no Senado (para abertura do processo) já são um indicativo.

Conheço aquela Casa, a tendência é esse placar se alargar (contra Dilma)”, afirmou - para garantir o afastamento definitivo de Dilma, o processo de impeachment tem de contar com 54 votos pela condenação. “Ela já não tinha mais condição política nenhuma de governar País.

A presidente Dilma vai para a aposentadoria.” » #TchauQuerida: Dilma é afastada e internet não perdoa; veja memes » Confira os memes do #TchauQueridaDay que dominaram a web » Veja os memes sobre sobre o afastamento de Eduardo Cunha Entre os erros políticos da presidente afastada, Delcídio destacou que a petista não ouviu os conselhos de seu padrinho político, o ex-presidente Lula, e preferiu se orientar por pessoas como Aloizio Mercadante - que ocupou os ministérios da Casa Civil e da Educação. “Ela era aconselhada pelo Mercadante no sentido de ‘deixe essa coisa (Lava Jato) andar, pode até chegar no Lula, mas você vai sair forte desse processo.

Um pensamento tosco que ela ia se fortalecer e os outros entrar pelo cano.” » Parlamento predomina em ministério de Michel Temer » Cidade Viva debate novos desafios do governo Temer » Presidente do PT chama novo governo de ‘usurpador’ e partido prega ‘Fora Temer’ » Nova oposição mira em cinco senadores para tentar reverter impeachment de Dilma Em relação a Lula, Delcídio avaliou que a situação política do ex-presidente é “crítica” e que vai ser difícil ele voltar a ter força eleitoral. “Ele sai muito desgastado, acho muito difícil sair uma candidatura competitiva disso.” » Quem vai defender Temer no Senado? » Veja perfil dos 23 ministros da equipe de Michel Temer » Posse de Fernando Filho no governo Temer constrange banda do PSB em Pernambuco Sobre o PT, classificou como “partido forte, orgânico, mas que perdeu muito do seu brilho”.

Para ele, a legenda precisa passar por uma revisão dos seus quadros, tirando da presidência Rui Falcão - a quem chamou de “figura bizarra” - e valorizando as lideranças “lúcidas” e “competentes”.