Sem alarde, nesta terça-feira (17), Ministério Público Federal e Polícia Federal fizeram manifestações nos autos do Inquérito 4005 da Lava Jato, que investiga do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), pai do novo ministro de Minas e Energia.
A Polícia Federal (PF) entregou os autos do processo ao gabinete do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Já o procurador geral da República, Rodrigo Janot, apresentou um parecer, concordando com a sugestão da Polícia Federal de prorrogar o prazo para conclusão do inquérito.
Agora, o relator irá analisar o pedido da PF e a manifestação de Janot, se cabe ou não a prorrogação de prazo.
Advogados criminalistas apontam que é muito difícil, nesta fase, o pedido de Janot não ser atendido.
No STF, Teori não aceita defesa de Aldo Guedes em apuração de caso de suposta propina para campanha de Eduardo Campos Neste inquérito, como o Blog de Jamildo noticiou em 8 de abril, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu uma petição apresentada pelo empresário Aldo Guedes, ex-presidente da Copergás e ex-sócio de Eduardo Campos (PSB) em empresas.
Aldo Guedes fez uma petição, assinada pelo seu advogado Ademar Rigueira Neto, apresentando amplos documentos sobre sua evolução patrimonial e empresas.
Aldo Guedes foi alvo de mandados de busca e apreensão da Operação Catilinárias, da Polícia Federal (PF), uma das fases da Lava Jato executada em 15 de dezembro de 2015.
Em manifestação apresentada aos autos da Lava Jato em novembro de 2015, delegado da Polícia Federal justificou a investigação sobre Aldo Guedes. “É necessário aprofundar a investigação com foco na construtora MASTER LTDA, utilizada por Aldo Guedes, segundo notícia, para operacionalizar o pagamento da vantagem solicitada pelo Senador Fernando Bezerra Coelho em favor de Eduardo Campos.
Foram descobertos possíveis indícios de fraude em seu quadro societário, uma vez que Adalberto Félix da Silva e Eraldo Barbosa dos Santos Júnior, embora assim figurem, negaram ser sócios, ofertando inclusive o padrão gráfico, para fins de exame pericial, já determinado”, disse o delegado federal Felipe Alcântara de Barros Leal, da força-tarefa da Lava Jato, no ofício 1232/2015, de 16 de novembro de 2015, que consta no inquérito do STF.
Fernando Bezerra Coelho responde a pelo menos mais quatro inquéritos no STF.
No INQ 4139, da relatoria do ministro Marco Aurélio, responde junto com Odacy Amorim por supostos crimes previstos no Decreto-Lei 201/67, que trata de crimes cometidos por prefeitos no exercício do cargo.
No INQ 3958, relatado pelo ministro Luiz Fux, é investigado por suposto crime de peculato.
Também responde a outro processo sigiloso, o INQ 3710, da relatoria do ministro Roberto Barroso.