Será que o SUS tem desvios?

Será que o SUS atende aos seus fins?

Será que o SUS pode ser melhorado, saneado, a partir de busca de mais eficiência, ao contrário de simplesmente defender mais impostos com a argumentação de “subfinanciamento”?

Ex-líder do governo Dilma no Senado, o senador Humberto Costa (PT-PE) condenou duramente as declarações do novo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), que defendeu o fim do SUS e a adesão da população brasileira a planos de saúde para “aliviar o custo do governo em sustentar essa questão”.

Humberto Copsta viu uma tentativa de “privatização da saúde”. “Em entrevista, o ministro Ricardo Barros defendeu que “quanto mais gente puder ter planos, melhor.

Quando o ministro da Saúde critica a Justiça, sem nenhum pudor, por garantir acesso de pessoas doentes a tratamentos caros por meio dos seus planos de saúde, fica muito claro quem o ministro quer beneficiar.

Mas vamos resistir, não vamos aceitar mudanças que alterem aquilo que é uma conquista de todos os brasileiros”, disse o senador. “O SUS é uma conquista dos brasileiros, que garante acesso universal de 150 milhões de pessoas a serviços essenciais.

Acabar com a universalização é, na prática, destruir o sistema e atentar contra a vida dos que não têm como arcar com os altos custos dos planos de saúde.

Estão ameaçando o que nós temos de mais precioso: a vida”, disse Humberto Costa.

O senador disse que o acesso à saúde é uma “cláusula pétrea” da Constituição e não pode ser alterada “ao gosto de quem quer que seja, muito menos por um governo sem legitimidade e sem voto”. “O ministro da Saúde - um parlamentar licenciado que desconhece o fato de que a Constituição não foi sancionada, mas promulgada - disse hoje que a Carta Magna do país só tem direitos e não deveres.

Não é de se admirar que faça parte desse governo golpista.

Conseguimos em cinco dias de interinidade voltar para antes de 1988.

Passamos a viver em um país autoritário, em que já não valem mais os direitos e as garantias individuais”, disse.