Em uma sessão “tensa”, nesta quinta-feira (12), os vereadores de Santa Cruz do Capibaribe confirmaram um recurso do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) e rejeitaram as contas do ex-deputado federal José Augusto Maia (PTN), por suas contas de 2008 como ex-prefeito.
Inicialmente, o TCE tinha aprovado as contas, mas o MPCO apresentou um recurso ao Pleno do TCE, que foi aprovado pelos conselheiros do órgão, mudando a decisão para rejeição de contas.
O recurso, assinado pelo procurador Gilmar Severino de Lima, apontava irregularidades na gestão de José Augusto Maia em 2008, a frente da Prefeitura.
Tanto o ex-prefeito quanto o advogado, seu filho, usaram a tribuna na sessão realizada na Câmara de Vereadores.
Acusaram o TCE de parcialidade, dizendo que o órgão já aprovou contas em casos semelhantes.
O clima ficou “tenso” quando o ex-prefeito cobrou dos vereadores apoio, pelos tempos em que foi o “chefe político” da cidade.
Chegou a cobrar na tribuna uma vereadora, por ter nomeado a mãe dela para um cargo quando prefeito. “Ela não estava naquela roda de bajuladores que lhe corromperam e me fizeram desconhecer o senhor.
Eu senti vergonha de ver o senhor, com a história política que tem em vir aqui pedir a bancada de oposição para votar no senhor”, respondeu a vereadora Narah Leandro, com indignação.
José Augusto Maia (PTN) é radialista, tendo sido prefeito de Santa Cruz do Capibaribe entre 2001 e 2008.
Segundo o TCE, como vereadores confirmaram o parecer técnico do TCE, o político pode ficar inelegível por oito anos, nos termos da Lei de Ficha Limpa.