A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira (16) depois que Dilma Rousseff foi afastada temporariamente pelo Senado.
De acordo com o senador Humberto Costa, que era líder da bancada governista, a legenda está se articulando para fazer oposição ao governo interino de Michel Temer (PMDB) e, para isso, vai usar a militância do PT e a impopularidade do peemedebista.
O partido deverá até divulgar um documento com as diretrizes de ação para os aliados petistas nesta terça-feira (17), após um encontro do Diretório Nacional.
A reunião, realizada em Brasília, será um debate sobre a atual conjuntura política.
LEIA TAMBÉM » Michel Temer afirma que não será candidato à reeleição em 2018 » Nova oposição mira em cinco senadores para tentar reverter impeachment de Dilma Em entrevista ao Fantástico nesse domingo, Temer afirmou que não quer tentar reeleição e não tem medo de ser impopular, desde que tome medidas para tentar acabar com as crises econômica e política.
Uma pesquisa realizada pela Ipsos em abril, antes de ele tomar posse, mostrou que 62% dos brasileiros reprovavam a atuação do peemedebista como vice-presidente. » Temer nomeia advogado de Eduardo Cunha para Jurídico da Casa Civil » Michelzinho escolhe marca do governo Temer e vira meme na web; veja Humberto Costa explicou que o planejamento é para dar uma conotação maior aos protestos e lembrou que já houve manifestações - nesse domingo (15), integrantes de movimentos sociais fizeram um ato na Praça do Derby, na área central do Recife, e mobilizações em outras cidades. “É importante dar a essas manifestações um cunho de unidade e organização para que possamos ter um grande movimento de massas que será fundamental para poder mudar o pensamento de parte dos senadores”, justificou o senador petista. “O governo interino de Temer não é afeito à diversidade e está comprometido com a retirada de direitos sociais conquistados ao longo dos últimos anos.
Há grande expectativa no PT de que se possa fazer com que o Senado evite, no processo final do julgamento, o afastamento definitivo de Dilma Rousseff”, disse ainda Humberto Costa. » Novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, diz que projetos que dependem da Lei Rouanet serão mantidos » Como o Ministério das Minas e Energia, agora com o grupo de FBC, poderia ajudar Pernambuco O deputado federal Sílvio Costa (PTdoB) havia afirmado, na última sexta (13) que os aliados de Dilma tentariam convencer pelo menos cinco senadores no período em que a petista está afastada do Palácio do Planalto a votar a favor dela no julgamento do impeachment.
A presidente precisa ter pelo menos dois terços da Casa para voltar ao cargo, o que equivale a 54 senadores.