Integrante da bancada evangélica da Câmara Municipal do Recife, a vereadora Michele Collins (PP) solicitou uma reunião especial sobre “erotização infantil” no ambiente escolar, como ela está chamando a inserção de temas sobre sexualidade no programa das instituições de ensino.

O debate foi marcado para a próxima terça-feira (17), às 9h, no plenário da Casa.

LEIA TAMBÉM » Aliados de Bolsonaro e militantes de movimentos sociais trocam tapas na Câmara Municipal do Recife e sessão é cancelada A parlamentar é contra o tema em sala de aula. “Muitas crianças estão sendo submetidas ao ensino e doutrinação da sexualidade mesmo sem ter idade para decidir ou se posicionar sobre temas sérios como este.

Diversos materiais, como livros paradidáticos, cartilhas, músicas e filmes, tentam passar para elas que é normal se tocar, conhecer o próprio corpo ainda pequenas.

E, se um pedófilo for bulinar uma criança, ela internalizou que aquilo é normal”, opinou de forma polêmica. “Ações assim acabam estimulando a gravidez na adolescência”, disse ainda.

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A reunião trará também o procurador da República Guilherme Schelb, que compartilha de opinião mais conservadora, como Michele Collins.

Juízes, professores, conselheiros tutelares, promotores e psicólogos também participarão do debate. » Relatora, Teresa Leitão diz que PL para proibir livros sobre gênero nas escolas é inconstitucional » Comissão da Alepe rejeita projeto que veta livros sobre sexualidade em escolas A vereadora faz parte do grupo de parlamentares que quer aprovar a proibição de livros didáticos com conteúdo sobre diversidade sexual e identidade de gênero nas escolas da rede municipal do Recife.

Se esse projeto for aprovado, além de ser contra as reivindicações dos movimentos sociais, pode levar crianças a ficar sem livros, já que o motivo do imbróglio é um material distribuído pelo Ministério da Educação para alunos do 5º ano.

A Prefeitura do Recife já se posicionou contra o PL e disse que não arcará com as despesas da compra de novos livros. » Polêmica sobre questões de gênero pode deixar alunos do Recife sem livros Um projeto semelhante, proibindo a abordagem de temas sobre gênero nas escolas de Pernambuco, já foi barrado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A relatora, a deputada Teresa Leitão (PT), alegou que o projeto apresentado por Joel da Harpa (PROS) era inconstitucional.