Por Ricardo Essinger, economista, industrial e foi presidente eleito da Fiepe Seja qual for o resultado do processo que se encaminha para a destituição da afastada presidente Dilma Rousseff, é preciso que o País retome imediatamente o roteiro de uma agenda positiva capaz de tirar a economia da paralisia.

Ninguém espera por milagres, por soluções imediatistas, nem mesmo por mudanças profundas nas instituições nacionais.

Entretanto, há pontos concordantes necessitando de harmonização bem maiores do que as discordâncias, quase sempre frutos das incompreensões políticas partidárias, de interesses setoriais ou pessoais.

Não há dúvida de que somente com a conscientização de todos os setores produtivos – do mais simples operário ao maior empreendedor -, efetivada com muito trabalho, enorme concentração de esforços e a união de todos, o Brasil será capaz de superar no menor espaço de tempo, as divergências e eleger as convergências para poder voltar a crescer.

LEIA TAMBÉM » Armando Monteiro se despede de ministério de Dilma em evento na Fiepe Na última quadra do século passado, Pernambuco conheceu uma situação bastante adversa, particularmente no setor industrial, com perdas e números negativos, abaixo da região e do País.

Entretanto, aos primeiros sinais de estímulo à economia estadual, com novos investimentos, ascensão de Suape, obras estruturadoras em todas as regiões do Estado, o segmento industrial respondeu positivamente no início deste século, e Pernambuco conheceu um período de prosperidade.

Cresceu mais do que a região Nordeste e mais do que o PIB nacional. » Antes da queda de Dilma, pesquisa da Fiepe aponta melhora na expectativa dos empresários pernambucanos para os próximos meses » Josias Inojosa Filho desiste de disputar eleição na Fiepe Para a Federação das Indústrias, o crescimento nesse período foi mais duradouro, porque baseado em obras estruturadoras, em formação profissional, através do Senai, produziu sólidos alicerces, estudos pioneiros e determinantes, a exemplo da Proposta de uma Política Industrial para o Estado de Pernambuco, pesquisa que continua atual e valiosa.

Formando jovens, ampliando sua atuação para o interior do Estado, estimulando o aperfeiçoamento dos quadros dirigentes, profissionalizando quadros, a Fiepe atuou enfaticamente nos mais diversos momentos, em todo o processo do histórico desenvolvimento econômico e social de Pernambuco.

Não apenas como legítima guardiã das entidades associativas, mas principalmente como caixa de ressonância das preocupações com a produção e com o melhor aproveitamento do potencial do nosso Estado.

E assim continuará fazendo, buscando o entendimento, a união e colaborando pro ativamente em defesa do desenvolvimento de Pernambuco, parceira de primeira hora com todos que busquem efetivamente a retomada do crescimento do nosso Estado.