No dia em que antecedeu a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o vereador Osmar Ricardo (PT), líder da oposição na Câmara, fez um discurso de defesa da correligionária e críticas a oposição brasileira.

No plenário da Câmara do Recife, ele ironizou os possíveis ministros de Michel Temer (PMDB), que vêm sendo colocado como “notáveis”.

Segundo Osmar, os futuros auxiliares do peemedebista, “muitos envolvidos em corrupção”, serão os ministros “notáveis do golpe”. “A maioria dos seus ministros vão ser punidos, pois estão envolvidos em corrupção.

Os deputados Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) receberam dinheiro da Odebrecht?

Receberam.

Raul Jungmann (PPS), que chegou a receber como vereador-deputado, recebeu recursos da Odebrecht?

Recebeu”, ironizou.

No plenário, Osmar Ricardo também lembrou que o PSB rasgou sua história ao se aliar a direita brasileira e fez um discurso exaltando a presidente Dilma Rousseff. “O que me deixa estarrecido um bocado de cara de pau, senadores que não fazem nada pelo seu estado.

São corruptos e investigados falando mal de Dilma.

Me digam onde ela roubou?

Dilma há um ano e cinco meses não governa porque a oposição não deixa.

Planejam o golpe há tempo.

Essa política reacionária de direita quer tirar Dilma sem voto popular.

A história de Dilma é brilhante, digna de um livro.

Uma mulher honrada, que sofreu na ditadura.

Vamos lutar pela companheira”.

O petista disse que a proposta de reduzir ministérios por Temer é mentira. “Vai incorporar os ministérios, mas o orçamento permanecerá.

O custo financeiro será o mesmo.

Pensa que vai enganar o povo”.

Osmar Ricardo também diz que o golpe foi iniciado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e concluído por Renan Calheiros (PMDB-AL).

Ele também não poupou críticas ao PSB. “Sinto muito ver o PSB, que foi alinhado de lula, ter tomado esse caminho.

Tenho certeza que se Eduardo Campos estivesse vivo o PSB não teria tomado esse rumo.

O PSB está contaminado e vai pagar a conta”, disse.