O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), que deve ser confirmado logo mais na tarde desta quinta-feira (12/05) ministro das Cidades do governo Michel Temer (PMDB), defende que todas as pastas da nova gestão presidencial precisam fazer seu papel e tomar, como primeiras medidas, o corte de gastos e redução de despesas, da mesma forma como as famílias brasileiras estão sendo levadas a fazer diante da grave crise econômica que o país atravessa.

Bruno Araújo ressaltou que num governo de “emergência” – denominação cunhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – como se caracteriza o do presidente Temer, “as primeiras medidas econômicas serão muito importantes no sentido de apontar para o resgate da confiança do mercado e, principalmente, da sociedade brasileira”. “O anúncio das medidas econômicas podem fazer com que os investidores voltem a acreditar e antecipar uma aposta no Brasil.

Com a economia respirando, não só os ministérios terão dinheiro para tocar suas ações mas, sobretudo, as famílias brasileiras voltarão a ver estancado esse agravamento da crise brasileira.

As primeiras medidas serão muito importantes no sentido de apontar o resgate da confiança e, paralelo a isso, todos os ministérios terão que fazer seus ajustes com cortes de gastos, redução de despesas, da mesma forma que toda família brasileira está sendo levada a fazer nesse momento”, frisou.

O tucano reconhece que será longa a caminhada para que o novo governo recupere o Brasil das “gastança e festança” feitas pelo PT. “Nada será resolvido da noite para o dia.

Mas os primeiros movimentos da administração darão a clareza dessa relação de confiança, muito menos com o mercado, mas sobretudo com a sociedade.

O primeiro movimento de redução de ministérios é uma sinalização do presidente Temer em relação a essa cobrança da sociedade.

Agora é cada um fazer seu papel e se preparar para essa longa caminhada”.

Dor de cotovelo? – Bruno Araújo comentou a nota oficial do presidente nacional do PT, Rui Falcão, sobre o acolhimento pelo Senado do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na qual promete mobilização “incansável” contra a decisão e dura oposição ao governo do presidente Michel Temer. “O PT volta a fazer o que sabe.

O PT não é bom de governo mas é bom de oposição.

Resta saber se o Brasil vai ter clareza de que a oposição do PT é uma dor de cotovelo, por ter sido sacado do poder por todo grau de incompetência e irregularidades cometidas, ou uma reação às medidas que estão sendo tomadas que, por mais amargas que possam ser, contarão para uma solução da melhoria de qualidade de vida das pessoas”.