Em um dia em que todas as atenções estavam voltadas para Brasília, dois pré-candidatos à sucessão no Recife se reuniram, silenciosamente, para discutir os destinos da cidade.

E também como ficará o xadrez político, depois da decisão do Senado quanto à presidente Dilma Rousseff.

O deputado Sílvio Costa Filho (PRB) e o presidente do Diretório Regional do Partido Verde, Carlos Augusto, tiveram um encontro de mais de duas horas, na quarta-feira, em um restaurante da Zona Sul, no Recife.

Carlos Augusto já havia se reunido, semana passada, com a deputada Priscila Krause (DEM), também pré- candidata à Prefeitura do Recife.

Nos dois casos, a avaliação do PV e PRB é a de que, sem o suporte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) - já falecido - dificilmente a situação se resolve no primeiro turno.

Portanto, a hora de conversar é essa. “Nosso objetivo foi discutir a cidade, observar o cenário no day-after, e estudar o impacto da política nacional na local”, informou Carlos Augusto. “Essa é uma reunião de avaliação.

Sempre tive com Carlos Augusto uma relação cordial, de amizade e admiração, inclusive pela sua forma de atuar na vida pública”.

Ambos disseram achar que a “eleição, de múltiplas candidaturas”. “Conversamos muito sobre a situação do Recife, seus graves desafios, e os projetos viáveis para o futuro”, afirmou Sílvio.

E ambos concordam que a impressão que se tem é que a cidade está “largada”, segundo Carlos Augusto..

Ou " jogada", no linguajar de Sílvio. “Cada vez mais observo que o Recife da verdade se diferencia daquele apregoado na propaganda oficial.

O que se vê é que o governo não chegou na casa das pessoas.

Durante a atual gestão, os problema só fizeram se acentuar”.

Carlos Augusto foi mais discreto: “Política é arte da conversa, do diálogo.

O PSB infelizmente está agindo errado.

Trata todo mundo como inimigo”, diz..

Em 2012,o PV se engajou à Frente Popular no Recife, liderada pelo PSB. “Confiamos, passamos um “cheque em branco”, mas infelizmente o resultado não é satisfatório”, disse Carlos Augusto. “Por onde a gente andou no Projeto Recife Bom para Viver”, as comunidades reclamavam do abandono do Recife, disse o Presidente do PV pernambucano.