O senador pernambucano Armando Monteiro Neto (PTB), em seu discurso, usou seu discurso na votação da admissibilidade do impeachment pelo Senado, na noite desta quarta-feira (11), para exaltar sua gestão como ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e dar a sua interpretação sobre a política fiscal da presidente Dilma Rousseff (PT).
Porém, o petebista ressaltou também que a lei do impeachment deve ser reformada e que essa lei, para ele, é um fator de instabilidade política. “Claro está que se utiliza o argumento jurídico , mas o que se promoveu até agora foi um juízo eminentemente político”, afirmou na tribuna.
Como falou por mais de 15 minutos, Armando teve o som do microfone cortado no fim da sua fala.
A pedido do próprio Armando para poder reassumir a cadeira no Senado e dar o gesto em favor de Dilma, o petebista foi exonerado do cargo de Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nessa segunda-feira (9).
O partido dele, porém, é a favor do impeachment.
Foi justificando o retorno ao Senado que Armando iniciou o discurso.
Para isso, homenageou o pai, Armando Monteiro Filho, filiado ao PDT nas eleições de 2014 e que foi ministro de João Goulard. “O meu pai, que não fez política a partir de cálculos ou de um pragmatismo rasteiro, deixou de conquistar posições na vida pública, mas não perdeu em nenhum momento a coerência”, afirmou.
O pernambucano foi eleito para o senado em 2010, pela Frente Popular.
A coligação unia, na época, PT e PSB, entre outros partidos.
Quatro anos depois, porém, disputou o Governo do Estado contra o socialista Paulo Câmara, afilhado político de Eduardo Campos, rival de Dilma.
A petista esteve em Pernambuco para a campanha de Armando e o colocou no primeiro escalão do governo depois.