Contrariando a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu continuar o processo de impeachment.
O peemedebista classificou como “intempestiva” e “brincadeira com a democracia” a tentativa de Maranhão de anular a votação que passou a votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) para a Casa. “Nenhuma decisão monocrática pode se sobrepor a uma decisão colegiada”, justificou.
LEIA TAMBÉM » Somente plenário da Câmara pode interromper impeachment, diz professor da PUC-SP » Presidente da OAB-PE condena anulação da tramitação do impeachment na Câmara Renan Calheiros, porém, se posicionou por uma revisão da Lei do Impeachment, de 1950. “A Lei do Impeachment é, por si só, um fator de desestabilização política.
Da lei para cá, todos os deputados sofreram esse assédio”, afirmou o presidente do Senado.
A sessão continuou com gritaria e confusão após a fala de Renan Calheiros.
A palavra seria do senador Fernando Pimentel (PT-MG), mas, com o tumulto, reunião teve que ser interrompida por dois minutos.
Senadores continuaram brigando enquanto o petista falava. » Assista ao vivo: LEIA TAMBÉM » Cunha: decisão de Maranhão é absurda, irresponsável e antirregimental » “Não sei as consequências”, diz Dilma sobre anulação do impeachment » Waldir Maranhão anula votação do impeachment na Câmara » Humberto Costa acredita em anulação definitiva do impeachment » Sílvio Costa chama decisão de Maranhão de ‘constitucional’, mas espera posição de Renan » “Ganhamos tempo para nos reorganizar”, diz Lula sobre decisão de Maranhão » Mendonça Filho chama anulação do impeachment de aberração