Apesar de considerar o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, “uma narrativa inconclusa”, a deputada estdual Teresa Leitão comemorou o afastamento do presidente da Câmara Federal das suas funções. “Não sabia que iríamos amanhecer hoje com tão boas notícias, mas ainda não dá pra a gente festejar o “tchau querido”.

Mas sem dúvidas, livrar o país do mandato de Eduardo Cunha é também nos livrar, como parlamentares, de uma incômoda convivência no mundo político”, reagiu. “As reações fortes da juventude nestes últimos dias estimularam a paranóia política do ex-presidente da Câmara, que na noite de ontem acatou pedido de instalação de uma CPI para investigar as contas da União Nacional dos Estudantes (UNE)”. “Atendendo a um pedido do deputado Marcos Feliciano, que todos conhecem a conduta machista, homofóbica e racista, o vingativo Eduardo Cunha decidiu instalar a CPI. É por que tem desvios?

Não. É porque a UNE está nas ruas lutando contra o golpe, mas esse é e sempre foi o roteiro dessa instituição, que representa a rebeldia e o inconformismo da juventude”, afirmou.

A deputada disse acreditar que essa seria mais uma investida de Eduardo Cunha e seus apoiadores para tentar “criminalizar” os movimentos sociais, algo prejudicial à renovação de quadros, tão necessária à atividade política do país. “Essa CPI, que já começa viciada, tem que ser questionada e a UNE tem que ser rebelar.

Tem que dizer que não aceita.

Não podemos dar prosseguimento a uma CPI de cunho eminentemente político e perseguidor, que tem o propósito de retaliar uma entidade que cumpre tão bem o papel de representar os estudantes”, disse.

A deputada Teresa Leitão fez pronunciamento na manhã desta quinta-feira (4/5) sobre as recentes ações da juventude e a importância da participação desses jovens na cena política brasileira.

No plenário, ela louvou as ações protagonizadas nessa quarta-feira (3/5) em São Paulo e Brasília, respectivamente. “Quando jovens ocuparam a Assembleia Legislativa de São Paulo, exigindo a abertura de uma CPI para investigar desvios comprovados de merenda escolar praticados contra o governo Alckmin e no Senado Federal, quando estudantes que compõem o Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), ocuparam o espaço e fizeram um protesto contra o golpe, no momento da leitura do parecer do relator do processo de impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB)”, afirmou.

Se o alvo fosse o governo, os jovens seriam chamados de fascistas e coxinhas ?