Definitivamente, o dia foi de Eliane Cantanhêde.
Ela explicou, e principalmente expôs, que a antecipação da suspensão de mandato de Eduardo Cunha foi uma forma de Teori Zavascki evitar um golpe de Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello contra o impeachment.
Leiam o que escreveu a colunista do Estadão: “A decisão do ministro Teori Zavascki de afastar o deputado Eduardo Cunha foi amadurecida durante a madrugada e teve o objetivo de desativar uma bomba preparada pelos ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello que, segundo análises de juristas, poderia implodir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a posse do vice Michel Temer.
Lewandowski e Mello puseram em votação hoje à tarde a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), de autoria da Rede de Sustentabilidade, que, além de pedir o afastamento de Eduardo Cunha, determinava simultaneamente, segundo interpretação de outros ministros, a anulação de todos os seus atos no cargo – e, por conseguinte, o acatamento do pedido de impeachment de Dilma.
Zavascki se irritou e outros ministros estranharam que Mello tenha aceitado relatar a ADPF da Rede, quando o natural seria que a enviasse para ele, que relata o caso Cunha desde dezembro.
E as suspeitas pioraram quando Mello acertou com o presidente Lewandowski para suspender toda a pauta de hoje no plenário para se concentrar nessa ação.” Teori tirou o objeto da ação da Rede, ao decidir pelo afastamento de Cunha com base no processo aberto pelo PGR.
Se Eduardo Cunha não é mais deputado, não há como julgá-lo como tal.