Foto: Divulgação Peemedebista histórico, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) classificou a decisão de afastamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki como “tardia”, mesmo assim o pernambucano disse que a Justiça “cumpriu com seu dever”. “Chegou tarde, mas valeu.
A Justiça tomou uma decisão que essa Casa aguardava há muito tempo”, disse Jarbas.
LEIA MAIS: » Jarbas acerta número de votos a favor do impeachment » Ministro do STF Teori Zavascki afasta Eduardo Cunha do mandato na Câmara » Jarbas Vasconcelos vai encabeçar movimento por queda de Eduardo Cunha após voto contra Dilma Durante discurso na manhã desta quinta-feira (5), o deputado lembrou que defende o afastamento de Cunha desde o ano passado. “Para deixar claro, não estou aqui tripudiando.
Em junho passado, quando apareceu a primeira denúncia contra seu Cunha, de que ele havia recebido propina de US$ 5 milhões, a partir dali comecei a cobrar sua saída”, ressaltou.
Com o afastamento de Cunha, começaram os rumores em Brasília sobre quem poderia sucedê-lo.
Entre os mais cotados para a tarefa, junto a Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Osmar Terra (PMDB-RS), está o próprio Jarbas Vasconcelos. “Espero que esta Casa escolha uma pessoa que possa comandá-la de forma democrática, honesta, correta, respeitando as minorias, respeitando a todos”, disse Jarbas nesta manhã. » Veja a íntegra da decisão que afasta Eduardo Cunha » Jarbas diz que oposição já contabiliza 367 votos a favor do impeachment » Nomes como Jarbas e João Braga fundaram movimento que fez carta pedindo impeachment aos deputados O pernambucano, que apoiou a eleição de Cunha e agora é um dos seus principais críticos.
Jarbas já chamou Cunha de “psicopata, doente” e destaca com frequência que o atual presidente da Câmara atrapalha o processo de impeachment. “Está vendo a falta de gente aqui? É o descrédito das pessoas.
Um chantagista comandando a Câmara dos Deputados.
Por isso as pessoas não vêm para as ruas”, comentou o parlamentar no Recife, a respeito da baixa adesão aos protestos do ano passado. » “Se impeachment chegar no Senado, Dilma vai arrumar suas gavetas”, diz Jarbas » Jarbas Vasconcelos diz que STF tem que deixar de interferir na Câmara dos Deputados » Jarbas acusa Eduardo Cunha de fazer devassa em contas para comprovar fraudes envolvendo nomes de adversários Em agosto de 2015, Jarbas falou pela primeira vez que seu nome seria “admissível” para presidir a Casa.
Ele ponderou, no entanto, que este não seria o momento para se colocar, pois daria a entender que suas críticas anteriores a Cunha teriam como objetivo a obtenção do cargo.
O pernambucano ainda disse que as coisas se completam com o afastamento de Cunha.
Tenho certeza que vamos sair desse impasse.
Na minha opinião as coisas se completaram, Dilma sai junto com ele, se as coisas foram ruins no impeachment, se ele maculou o impeachment, não tem condições de presidir a Casa, mas infelizmente aconteceu.
Agora faço votos de que a Câmara busque uma solução.
Não pode ser um aliado de Cunha para presidir esta Casa", disse. » Antes de ser afastado, Eduardo Cunha postou mensagem religiosa » Para Jarbas Vasconcelos, Eduardo Cunha atrapalha o processo de impeachment » Para Jarbas, manobras de Eduardo Cunha no Conselho de Ética são uma excrescência STF Mesmo afirmando que o Supremo Tribunal Federal cumpriu com seu dever, Jarbas não deixou de criticar a “demora” para afastar Cunha. “A verdade é que passamos um período nebuloso, Cunha é inteligente e está acima da média, conhece o regimento, mas é uma figura perniciosa, ele é um psicopata e é afastado desta casa de forma tardia, mas o Supremo cumpriu seu dever, já devia ter feito isso antes, já agiu indevidamente aqui na Casa quando tentou determinar rito para o impeachment lá em dezembro, mas agora agiu de forma correta.