Veja a nota oficial Depois de ter seu plano de Recuperação Judicial aprovado pela quase totalidade dos credores, o Grupo Schahin foi surpreendido por uma decisão adotada em favor de um grupo minoritário: uma liminar que, por ter efeito suspensivo, paralisa o processo de recuperação do grupo.
A decisão ameaça o pagamento de dívidas trabalhistas com cerca de 4 mil empregados e ex-empregados.
O plano de Recuperação já fora homologado e se encontrava em execução desde 21 de março.
Estão sendo pagos R$ 4 milhões ao mês para credores trabalhistas, além de garantir o emprego e salário de mais de 500 funcionários ativos.
A suspensão da Recuperação impede a Schahin de continuar com a quitação das parcelas do Plano, comprometendo, entre outras coisas, o recebimento dos créditos trabalhistas.
O recurso foi movido por um dos blocos de credores, que reúne 13 bancos liderados pelo Itaú.
Esse grupo teve seu voto considerado abusivo pela Justiça por, entre outras razões, exigir 80% dos recursos do Plano de Recuperação, mesmo tendo direito a apenas cerca de 30%.
Eles prejudicaram todos os demais credores ao pedir a falência da Schahin, apesar de a empresa ter contrato com saldo a receber de cerca de R$ 1,6 bilhão e previsão de renovação por mais dez anos.
A Recuperação Judicial foi homologada pela Justiça em 21/3/2016, após a aprovação de 100% dos credores de classe I, 75,68% dos credores de classe III e 94% dos credores classe IV.
Não houve credores válidos na classe II.
O Grupo Schahin reitera que continua comprometido com seus credores e confiante no sucesso de sua Recuperação Judicial e adotará todas as medidas cabíveis para a confirmação do plano originalmente homologado pela Justiça.