Por Roberto Numeriano, em artigo enviado ao Blog O golpe de Estado parlamentar, já na fase final do Senado, não se completa com a deposição criminosa da presidente Dilma por uma maioria de corruptos com mandato político.

Resta o outro alvo.

Ele se chama Luís Inácio Lula da Silva. É um alvo móvel que parece fixo.

Explico.

Para a justiça justiceira desse juiz Moro, arbitrário e parcial, que adora holofotes da mídia (sobretudo se a Rede Globo destacá-lo pela voz desse grotesco Bonner, jornalista-ventríloquo dos reacionários de sempre), Lula é um alvo fixo.

Basta Dilma ser cassada na inquisição golpista que as hienas carniceiras sairão à caça do ex-presidente para “terminar o serviço” de uma justiça capitã do mato.

Lula é um alvo fixo porque a elite o presume como um típico assenzalado, e como tal é culpado a priori.

Em essência, no Brasil o Direito só existe para encobrir os antigos e clássicos crimes da elite da casa-grande (e só pelo fato de necessitar incriminar algumas lideranças do PT é que se explica a prisão, antes, de grandes empreiteiros e alguns políticos, nessa Lava Jato).

A Lava Jato é uma exceção que confirma a regra.

Em breve (quando Lula for preso e condenado), os atos da operação da República de Curitiba não terão mais vez no noticiário, a não ser como uma ou outra encenação do japonesinho e seus colegas da PF, desfilando com seus aparatos ostentosos para prender mais alguns.

O problema é que Lula é um alvo móvel.

Não se prende um Lula e tudo ficará por isso mesmo.

Não se prende um Lula e se imagina que estão “passando a limpo” o Brasil, com dezenas de corruptos derrotados na urnas, cleptomaníacos e golpistas, usurpando um poder que é legítimo pelo voto de 53 milhões de brasileiros.

Não se prende um Lula achando que os brasileiros democratas e legalistas ficarão calados vendo diante de si dezenas de bandidos do colarinho branco e políticos golpistas tomando o poder sem a legitimidade do voto.

Tanto quanto uma lei não pode ser acima da lei, a dignidade e a honra não vai se submeter aos crimes da injustiça.

Algum acerto de contas ganhará as ruas.

E muitos fascistinhas e reacionários do verde e amarelo poderão conhecer algum tipo de ira diante da qual uma cuspidela parecerá um simples beijo.