A pouco menos de oito dias para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o líder da oposição na Câmara do Recife, Osmar Ricardo (PT), disse, nesta terça-feira, 03, que o Governo Federal sofre um golpe político do legislativo e judiciário.
Segundo o líder da oposição, o condutor do processo de afastamento da presidente, deputado Eduardo Cunha (PMDB), não teria legitimidade para conduzir o processo.
O petista lembra que Cunha é acusado em diversas delações premiadas de recebimento de propina, mas continua impune. “O golpe foi dado não apenas pelo legislativo, mas também pelo Judiciário, que não toma nenhuma ação contra Cunha, que deveria estar preso.
Esse cidadão legitimou o golpe”.
Como suposta prova da diferença de tratamento dado pelo Judiciário entre denúncias envolvendo membros do governo e de Eduardo Cunha, Osmar lembrou do caso Vaccari, tesoureiro do PT preso na Lava Jato e condenado. “A cunhada do Vaccari foi presa por engano porque parecia com uma pessoa no banco.
Foi chamada à PF, prestou depoimento e foi presa.
A mulher do Cunha gasta milhões de dólares com flagrante de dinheiro de denúncia e nada é feito”.
Segundo Osmar Ricardo, a presidente não será afastada pelas pedaladas, mas sim pelo suposto golpe político. “Perderam no voto e tentam a todo tempo atrapalhar o processo e tirar a presidente.
Mas os movimentos estão instalados na resistência ao golpe”, disse.
Ele acusou a oposição brasileira de jogar no quanto pior melhor. “A crise foi provocada pela oposição que não deixa o País fluir”, afirmou, repetindo Dilma.