Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado O senador pernambucano Cristovam Buarque (PPS) foi chamado de traidor em uma livraria de Brasília.

Um homem o abordou enquanto ele estava na fila do caixa e começou os xingamentos.

De outro lado, outros clientes do local gritavam “Fora, PT”.

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Um homem contrário à posição fez xingamentos contra o parlamentar, mas outros clientes o defenderam. https://www.youtube.com/watch?v=HFyxdzdXOes Em sua página no Facebook, Cristovam disse que podem até chamá-lo de traidor do PT, mas não de corrupto. “Aviso que não vão me intimidar, eu estava apenas com minha esposa e continuarei assim.

Alerto também que este comportamento termina empurrando os indecisos para votarem pelo impeachment”, escreveu. » Roberto Freire confirma filiação de Cristovam Buarque no PPS » Cristovam Buarque diz que processo de impeachment ”não é golpe” » Candidatura de Ciro Gomes é ‘gota d’água’ para Cristovam Buarque deixar PDT Veja a íntegra da nota do senador: “Se alguém filmou, peço que coloque na rede. » Pernambucanos são cotados para assumir ministérios em eventual Governo Temer Faz uma hora, eu estava na fila para pagar uma compra na livraria Cultura, quando um cara no caixa ao lado começou a me agredir verbalmente me chamando de golpista e traidor do PT.

Respondi que ele nem sabia ainda como eu votarei e ja estava me agredindo.

E disse que ele até podia me chamar de golpista, mas não de corrupto.

Ele passou a gritar mais alto e eu tive a imensa alegria de ver pessoas se chegando e se solidarizando comigo e me aplaudindo espontaneamente.

E gritando mensagens em defesa ao impeachment.

Fiquei surpreso ao ver o absoluto isolamento do solitário manifestante contra o impeachment.

Não sei os nomes dos que me aplaudiram e gritaram meu nome, por isso agradeço a todos por esta mensagem.

Especialmente os muitos que ficaram fazendo fotos comigo.

Aviso que não vão me intimidar, eu estava apenas com minha esposa e continuarei assim.

Alerto também que este comportamento termina empurrando os indecisos para votarem pelo impeachment.

Afinal, se com o risco de perderem o poder se comportam assim, imagine se de fato perderem.

De qualquer forma, não é por causa desta grosseria que decidirei meu voto.

Votarei o que me parecer melhor para o Brasil, como tenho feito desde que estou na política, sem mudar de propostas e de comportamento.

E mudando de siglas se for preciso para manter minha coerência, do mesmo lado das transformações sociais e da ética na política.”