A polêmica do Uber vai chegar à Câmara Municipal do Recife nesta quarta-feira (4), em reunião marcada para as 15h no plenário da Casa.
Inspirados em taxistas de São Paulo e do Rio de Janeiro, alguns motoristas recifenses prometem fazer o que chamaram “parada geral”, um protesto saindo de dois pontos da cidade.
LEIA TAMBÉM » Polêmica do Uber tem potencial para embatucar Geraldo Julio O debate será entre taxistas, integrantes do Uber, representantes das polícias Civil e Militar, do Ministério Público e da Prefeitura do Recife.
A reunião foi convocada pelo vereador Luiz Eustáquio (ex-PT e atualmente na Rede), usando como argumento os recentes casos de violência de taxistas contra motoristas do Uber e passageiros.
Atualmente, não há regulamentação e a mesma lei federal é usada a favor e contra o Uber.
O serviço chegou à capital pernambucana no início de março e foi apontado pela Secretaria de Mobilidade do Recife como ilegal.
O órgão municipal entende que a atividade de transporte remunerado de passageiros deve ser feita por taxistas, permissionários da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).
O Uber, no entanto, defende que presta um serviço de transporte individual privado.
Contra a regulamentação do aplicativo, um grupo intitulado Frente Táxi Recife prometeu fazer duas carreatas ao meio-dia; uma do Parque Dona Lindu, na Zona Sul, e o outro do Terminal Integrado da Macaxeira, na Zona Norte.
Setecentos taxistas assinaram a ata da votação que definiu como será a carreata e o movimento espera que 500 veículos estejam em cada um dos pontos.
As críticas vão principalmente a dois vereadores: Henrique Leite (PDT) e André Regis (PSDB). “Alguns vereadores estão articulando a legalização do Uber”, apontou um dos taxistas.
O sindicato que representa os profissionais de táxi na cidade, que tem adotado uma postura bem menos incisiva contra a Prefeitura do Recife sobre o Uber, afirmou que não fará protestos nas ruas.
Os taxistas já haviam, porém, feito um protesto saindo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para a Prefeitura do Recife cobrando um posicionamento do poder público sobre o assunto.