A cada dia fica mais intensa a disputa política entre os partidos por espaços em eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que pode assumir o País caso o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff seja aprovado.
Nos bastidores a informação é de que o vice-presidente vai montando, em silêncio, seus ministérios com o critério da indicação pelos partidos e escolha pessoal.
LEIA MAIS: » Cristovam Buarque diz que não pretende assumir ministério em gestão Temer » Mendonça Filho é cotado para ser ministro das Comunicações de Michel Temer » Além de Mendonça Filho, Raul Jungmann é cotado para ser ministro de Michel Temer » Disputa entre partidos por espaço no governo Temer já trava definição dos nomes para os ministérios Entre os cotados para assumir pastas estão vários pernambucanos.
Alguns nomes ainda surgem como especulação, outros já são dados como certos.
Como noticiou o Blog de Jamildo na última semana, Michel Temer decidiu incluir o DEM na sua equipe ministerial.
Para o partido, deve ser destinado o Ministério das Comunicações.
Por ora, um dos nomes mais cotados é o do líder da oposição na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE).
A definição da negociação será feita em reunião com a participação do senador Agripino Maia (RN), presidente do DEM nacional.
Além de Mendonça Filho, outro pernambucano aparece como opção de ministro.
Desta vez, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) é o nome praticamente definido para o Ministério da Defesa.
As chances de Raul se consolidaram principalmente depois que o também pernambucano senador Cristovam Buarque (PPS-DF), descartou publicamente, na sexta-feira (29), a ida para o Ministério da Cultura em entrevista à Rádio Estadão.
Sem Buarque, Jungmann passou a ser o nome do partido no páreo para ocupar o primeiro escalão do novo governo. » Michel Temer quer reduzir ministérios assim que assumir » Mendonça Filho é cotado para ser ministro das Comunicações de Michel Temer » ‘Temer atropela Senado ao nomear ministros como se fosse presidente’, diz Humberto Costa Em entrevista concedida ao Blog de Jamildo, na manhã do sábado (30), Raul Jungmann disse que ainda não foi procurado por Temer ou seus interlocutores. “Ainda não tive nenhum contato com ninguém da equipe de Temer nem com representante seu ou da sua equipe.
Não falo com ele faz um mês e meio”.
Entretanto, Jungmann confirmou que depois de se reunir com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e com Cristovam Buarque, Michel Temer sinalizou dar ao partido, em seu eventual governo, o Ministério da Cultura, que seria comandado pelo próprio Freire, que nasceu em Recife, Pernambuco.
Ex-ministro da Reforma Agrária e ex- presidente do Ibama no governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann estudou e acompanhou de perto assuntos ligados à Defesa, tanto no Congresso Nacional quanto em contato direto com o ex-ministro da área nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, seu amigo Nelson Jobim, responsável por ter implementado o ministério na prática. » Temer discute ministério antes mesmo da votação do impeachment » Ministro do STF nega instalação imediata de processo de impeachment de Temer » Temer e Cunha impõem derrota a Dilma.
Impeachment é aprovado na Câmara dos Deputados Outro pernambucano que apareceu na lista é o deputado federal Augusto Coutinho (SD), que pode ocupar a pasta do Trabalho, por indicação de Paulo Pereira da Silva, segundo afirmou o próprio Paulinho da Força, como é mais conhecido, neste domingo (1°) durante evento da Força Sindical, em comemoração ao Dia do Trabalho, em São Paulo.
Pelo PSB, numa escolha pessoal de Temer, o líder na Câmara, Fernando Coelho Filho, tem chances de emplacar Integração, já ocupada pelo seu pai, o senador Fernando Bezerra, no Governo Dilma.
Outros nomes também foram ventilados na mídia, entretanto, surgem com menos chances reais de assumir uma pasta.
Entre eles estão o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, ambos pelo PMDB. » ‘Deputado dos confetes’ foi o que mais faltou em 2015 » Voto pernambucano sacramenta impeachment de Dilma Rousseff » Para Silvio Costa, possíveis ministros de Temer representam “elite que tem horror a nordestinos” Caso a ideia de ocupar um ministério se concretize, Jarbas e Raul colocarão mais um posto em seu currículo político.
Jarbas já passou pelo Senado e foi governador de Pernambuco, mas nunca foi ministro.
Raul também não.
O atual vice-governador já foi filiado ao PCdoB e se aproximou de Jarbas no início da década de 1980, atuando como assessor especial e chefe de gabinete.
Foi vice-prefeito e deputado federal, destacando-se por defender a bandeira da Educação.
Inclusive, seria para essa pasta o convite. » Programas de Temer vão focar os “5% mais pobres” » Para fechar aliança com PSDB, Michel Temer negocia fim da reeleição » Vanessa Grazziotin acusa Temer de tentar interferir na pauta do Congresso Atualmente, Pernambuco conta com apenas um ministro.
Armando Monteiro Neto comanda a pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Pernambuco teve participação importante na votação do processo de impeachment na Câmara, viso que veio de um dos principais redutos políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), Pernambuco, o voto 342 – que corresponde a dois terços dos 513 deputados – em favor do processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O voto decisivo para aprovar o pedido de afastamento veio do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), pode ficar com um ministério da área social.
Um dos principais opositores ao governo petista.
A maioria dos deputados federais de Pernambuco votou pelo prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma.
Da bancada de 25 deputados, foram 18 votos pela continuidade do processo, seis contrários e uma abstenção.