Janaína Paschoal admitiu que foi contratada pelo partido para, junto com Miguel Reale Júnior construir um parecer sobre o afastamento da presidente.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado A advogada Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff em tramitação no Senado, admitiu a senadores da comissão especial que foi contratada pelo PSDB, juntamente com o jurista Miguel Reale Júnior, para elaborar um parecer do impedimento.
LEIA MAIS: » Humberto Costa desanca Janaina Paschoal no Senado » Janaína Paschoal chora durante depoimento na comissão do impeachment » Janaína Paschoal grita com senador e leva bronca do presidente de comissão O PSDB, que está no comando da relatoria do processo no Senado, com o senador Antonio Anastasia, teria elaborado o pedido de impeachment da petista.
A advogada não só afirmou ter sido contratada pelo partido, como admitiu, na noite de quinta-feira (28), ter recebido R$ 45 mil da legenda para, em conjunto com Miguel Reale Júnior, construir um parecer sobre o afastamento da presidente, segundo informações da Revista Fórum. https://www.youtube.com/watch?v=yzHPAQJCOK8 “Eu fui contratada pelo PSDB em maio.
Nós propusemos o processo em setembro.
Recebi R$ 45 mil para fazer o parecer”, disse, após ser confrontada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM).
Antes, Paschoal garantia que o pedido havia sido feito baseado nas reivindicações de “cidadãos indignados”. » “O problema foi ousar questionar o Deus do petismo”, diz Janaína Paschoal » Discurso pró-impeachment de Janaína Paschoal vira meme nas redes sociais » Senador do PSDB será relator da comissão do impeachment de Dilma no Senado A senadora publicou no seu Facebook o vídeo da admissão com a seguinte legenda: “Isso é muito grave!
O PSDB contratou, fez o pedido e ainda está relatando o processo do golpe.
Um jogo de carta marcada para retirar do poder uma presidente legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos”.
Pedaladas fiscais Janaína também negou motivação político-partidária para a denúncia, disse que agiu por “dever de consciência” e explicou os detalhes técnicos que embasam a acusação do crime de responsabilidade. » Vídeo: “O Brasil não é a República da cobra”, grita autora do pedido de impeachment » Autora do pedido de impeachment se sentiu representada em votação na Câmara » Raimundo Lira, do PMDB, é eleito presidente da comissão especial do impeachment Paschoal explicou que a denúncia é formada pelo chamado escândalo do petrolão e as investigações da operação Lava Jato, seguidos pela prática das chamadas pedaladas fiscais e a edição irregular de créditos suplementares.
A advogada sugeriu aos senadores não se orientarem somente pelo relatório da Câmara dos Deputados, mas que se “debrucem sobre toda a peça”.
A professora acusou o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de falar apenas dos programas sociais do governo, a exemplo do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida, como justificativa para as pedaladas fiscais. » Comissão Especial do Senado ouve hoje autores do pedido de impeachment » Comissão do Impeachment aprova nomes que farão defesa e acusação de Dilma » Autora de pedido de impeachment diz que Cunha está ‘prevaricando’ Ela usou ironicamente o termo “Bolsa Empresário” para apontar o Plano Safra do Banco do Brasil e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos teriam beneficiado principalmente grandes empresários.