Estadão Conteúdo - A intensa disputa política entre os partidos por espaços no eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) já começa a travar a definição dos nomes para os ministérios e bancos públicos.
Nos bastidores, o principal embate ocorre entre o PMDB e o PP, mas há também confrontos entre outras legendas.
LEIA MAIS: » Governo Temer defende privatização de ”tudo o que for possível” » José Serra deve assumir Itamaraty em eventual governo Temer » Cristovam Buarque diz que não pretende assumir ministério em gestão Temer A Saúde é a mais cobiçada.
Temer quer que o posto seja ocupado por um nome de grande respaldo na sociedade civil e médica.
O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), por exemplo, já tem um nome na cabeça: o cirurgião paulista Raul Cutait, que por anos esteve à frente do Hospital Sírio Libanês.
Sondado, Cutait ainda não deu a palavra final.
Ao negociar a pasta com o PP, Temer caminhava para manter um acordo previamente alinhavado com a legenda.
Nesta semana, no entanto, começou a ganhar corpo um movimento dentro dos quadros do PMDB para garantir que a Saúde, assumida no fim do ano passado, permanecesse nas mãos do partido. » Programas de Temer vão focar os “5% mais pobres” » Para fechar aliança com PSDB, Michel Temer negocia fim da reeleição » Vanessa Grazziotin acusa Temer de tentar interferir na pauta do Congresso Os dois partidos também se enfrentam pelo comando dos cargos de direção na Caixa Econômica Federal.
Nas negociações para compor o governo, a presidência da Caixa está sendo oferecida ao PP, que já tem uma vice-presidência do banco.
O PMDB é responsável por comandar outras seis vices das 11 que o banco tem - o restante é da cota do PT. » Renan Calheiros se reúne com Temer e Aécio em Brasília » UNE convoca paralisação e diz que não reconhecerá presidência de Temer » ‘Temer atropela Senado ao nomear ministros como se fosse presidente’, diz Humberto Costa Na área trabalhista, tamanho é o assédio que Temer pretende separar o atual Ministério do Trabalho e Previdência Social em duas pastas.
A divisão abriria espaço para contemplar mais partidos.
Temer negocia dar Trabalho para o Solidariedade e a Previdência para o PRB ou PSD.
A cúpula do Solidariedade, que é ligada à Força Sindical, já trabalha com dois nomes para a pasta: os deputados Zé Silva (MG) e Augusto Coutinho (PE). » Governo Temer defende privatização de ”tudo o que for possível” » Mendonça Filho é cotado para ser ministro das Comunicações de Michel Temer » Além de Mendonça Filho, Raul Jungmann é cotado para ser ministro de Michel Temer A Agricultura é outra área com intensa disputa.
Chegou a ser oferecida ao PRB, depois passou a ser alvo de PP e DEM e, agora, está sendo disputado pelo PR do senador Blairo Maggi (MT).
O parlamentar, que cogitou trocar de partido, passando para o PMDB, mas permaneceu no PR, é um dos principais apoiadores de Temer no Senado, tendo chegado a cobrar publicamente a cadeira.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.