Raul Jungmann (PPS-PE) é o nome praticamente definido para o Ministério da Defesa.

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Além do líder da oposição no Congresso, deputado Mendonça Filho (DEM-PE), cotado para assumir o Ministério das Comunicações, num eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), caso o Senado acate o pedido de impeachment e a presidente Dilma Rousseff seja afastada, outro pernambucano aparece como opção de ministro.

Desta vez, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) é o nome praticamente definido para o Ministério da Defesa.

LEIA MAIS: » Cristovam Buarque diz que não pretende assumir ministério em gestão Temer » Mendonça Filho é cotado para ser ministro das Comunicações de Michel Temer As chances de Raul se consolidaram principalmente depois que o também pernambucano senador Cristovam Buarque (PPS-DF), descartou publicamente, nessa sexta-feira (29), a ida para o Ministério da Cultura em entrevista à Rádio Estadão.

Sem Buarque, Jungmann passou a ser o único nome do partido no páreo para ocupar o primeiro escalão do novo governo.

Em entrevista concedida ao Blog de Jamildo, na manhã deste sábado (30), Raul Jungmann disse que ainda não foi procurado por Temer ou seus interlocutores. “Ainda não tive nenhum contato com ninguém da equipe de Temer nem com representante seu ou da sua equipe.

Não falo com ele faz um mês e meio”.

Raul ainda afirmou que a decisão de aceitar ou não um cargo no eventual governo Temer vai depender da posição do seu partido. “Tenho uma boa relação com militares desde o governo Fernando Henrique, mas para aceitar um ministério temos que respeitar sobretudo a posição do PPS”, ressaltou.

Ex-ministro da Reforma Agrária e ex- presidente do Ibama no governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann estudou e acompanhou de perto assuntos ligados à Defesa, tanto no Congresso Nacional quanto em contato direto com o ex-ministro da área nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, seu amigo Nelson Jobim, responsável por ter implementado o ministério na prática. » Michel Temer quer reduzir ministérios assim que assumir » Mendonça Filho é cotado para ser ministro das Comunicações de Michel Temer » ‘Temer atropela Senado ao nomear ministros como se fosse presidente’, diz Humberto Costa De acordo com o jornal O Estado de S.

Paulo, Jobim era o preferido por Temer para voltar à pasta da Defesa, mas preferiu ficar fora do novo governo, alegando, por exemplo, que sua atuação como advogado-consultor de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato poderia dar munição a adversários do vice e dele próprio.

Ouvido, o ex-ministro acertou que dará apoio ao governo como membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão”, e apoiou o nome de Jungmann “com entusiasmo”, segundo articuladores políticos.

A intenção de Temer é manter os atuais comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que vêm sendo consultados informalmente sobre os nomes cotados para a Defesa, inclusive o de Jungmann.

Eles têm o compromisso de não se meterem em questões políticas, nem assumir qualquer lado. » Temer discute ministério antes mesmo da votação do impeachment » Ministro do STF nega instalação imediata de processo de impeachment de Temer » Temer e Cunha impõem derrota a Dilma.

Impeachment é aprovado na Câmara dos Deputados IMPEACHMENT https://www.youtube.com/watch?time_continue=20&v=vM31Dz_v_Ow Um dos maiores defensores do afastamento da presidente Dilma, Raul Jungmann, mesmo sem poder de voto, esteve na sessão que abriu o processo contra a petista na Câmara dos Deputados.

O deputado estava com mandato na Câmara, mas teve que deixar o cargo em virtude das movimentações políticas na Frente Popular. » ‘Deputado dos confetes’ foi o que mais faltou em 2015 » Voto pernambucano sacramenta impeachment de Dilma Rousseff » Para Silvio Costa, possíveis ministros de Temer representam “elite que tem horror a nordestinos” Os secretários estaduais Danilo Cabral (PSB), André de Paula (PSD) e Sebastião Oliveira (PR), eleitos deputados federais por Pernambuco, pediram exoneração das secretarias para participarem da votação.

Com isso, não apenas Jungmann ficou sem direito a votar.

Outros deputados pernambucanos, como Cadoca (sem partido) e Fernando Monteiro (PP) ficaram de fora da votação porque também são suplentes.

Com informações do jornal O Estado de S.

Paulo