Estadão Conteúdo - A ex-senadora Marina Silva (Rede), candidata derrotada na última eleição presidencial, voltou a defender a convocação de novas eleições presidenciais e negou que seja motivada por interesse pessoal ao fazê-lo.

Ela também criticou a posição do governo e da base aliada de classificar de golpe uma eventual saída da presidente Dilma Rousseff. “Está havendo uma banalização da palavra ‘golpe’.

Daqui a pouco, a criança pega a bala da outra no recreio e se usa a palavra golpe.

A ditadura, essa, sim, golpeou a nossa democracia.

Nova eleição não tem nada a ver com golpe.” Marina também afirmou que a defesa pela realização de novas eleições não tem relação com uma possível participação dela no processo eleitoral. “Só uma nova eleição poderá estabilizar o País, dar credibilidade e legitimidade para uma agenda de transição.

A minha posição é de insistir numa nova eleição pelo caminho do processo no Tribunal Superior Eleitoral.

O impeachment alcança a legalidade, mas não a finalidade”, afirmou Marina, no Rio, sem dizer se sairia novamente candidata. “Ninguém pode falar em candidatura antes de devolver aos cidadãos a possibilidade de votar.

Quando comecei a defender a tese, sequer podia me candidatar.

Defendo por convicção”.

Marina voltou a defender não apenas a saída de Dilma Rousseff, mas também a impossibilidade de o vice-presidente assumir o cargo diante de um eventual impeachment da presidente.

A ex-senadora defende a impugnação da chapa Dilma-Temer.