Por André Régis, vereador, líder do PSDB e presidente do partido no Recife Dilma Rousseff afirmou que o pedido de seu impeachment está viciado por um pecado original: a vingança de Eduardo Cunha.
Venho percebendo há vários meses que os contrários ao impedimento da presidente sustentam que a presidente não pode ser julgada por um Congresso formado por notórios corruptos.
LEIA MAIS: » Dilma diz que Eduardo Cunha é o “pecado original” do impeachment Esse argumento foi utilizado pela presidente, inclusive, em Nova York para a imprensa internacional, maculando ainda mais a nossa imagem no exterior.
Entretanto, vale aqui lembrar que esses mesmos parlamentares pertenciam até pouco tempo ao seu governo, são velhos conhecidos e atacaram juntos os cofres públicos.
Muitos foram seus ministros.
Outros são também da oposição.
O fato é que esses são os nossos representantes.
Se na hora da votação a opinião pública mais exigente ficou espantada com o nonsense de alguns parlamentares, isso aconteceu pelo seu perigoso afastamento da classe política.
Não tenho a menor dúvida que uma sociedade somente progride quando aprende a selecionar os seus melhores quadros para sua representação popular.
Aqui a mediocridade (no sentido de média) e a frouxidão de princípios imperam no processo seletivo.
Finalmente, fica patente que o Brasil se dividiu em vários grupos durante a votação.
Destaco aqui dois: um que preferiu exigir coerência anticívica dos parlamentares corruptos (vocês são corruptos, logo, não podem condenar ninguém por corrupção); outro formado por aqueles (ao qual me incluo) que preferiram exigir compostura, respeito à decência e ao Parlamento e, principalmente, ao cidadão de bem.
Assim, cobramos a devida noção das consequências de seus atos para que votassem pelo impedimento.
Felizmente, conquistamos 367 votos.
Um importante passo foi dado para livrarmos o Brasil do domínio da cleptocracia.
Para os parlamentes incoerentes que votaram certo e ajudaram o Brasil, que a justiça seja breve e que os puna na forma da lei.
Viva a Lava Jato: esperança de uma nova política para um Brasil próspero, livre e decente.