Foto: Léo Caldas/PTB.
Estadão Conteúdo - Mais dois ministros deverão deixar o governo, mas não por estarem abandonando a presidente Dilma Rousseff, como os demais que deixaram seus cargos até agora.
Os senadores e ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e da Agricultura, Kátia Abreu, vão sair dos seus cargos poucos dias antes da votação em plenário da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o dia 11 de maio.
LEIA TAMBÉM: » Armando Monteiro garante PTB com Joel da Harpa em Jaboatão » Armando Monteiro diz que Dilma quer lula na Casa Civil para reforçar governo » Secretário de Paulo Câmara cobra publicamente Armando Monteiro sobre impeachment O objetivo é assegurar mais dois votos e ajudar a fazer a defesa da petista no Senado, na reta final.
Outra estratégia que poderá ser adotada pelo governo, em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, é dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação questionando se as pedaladas fiscais são crime de responsabilidade, como afirma o pedido de afastamento. » Vídeo: ‘Gemido constrangedor’ interrompe discussão em comissão do impeachment » Janaína Paschoal grita com senador e leva bronca do presidente de comissão » Armando Monteiro admite pedir exoneração para lutar contra impeachment no Senado Vários juristas têm sugerido esta proposta ao Planalto, que ainda está em estudo.
A ação, no entanto, pode ser “uma faca de dois gumes”.
De acordo com assessores palacianos, caso o STF dê razão ao governo, ótimo. » Armando Monteiro filia lideranças do Agreste no PTB » Com foco nas eleições, Armando Monteiro visita lideranças do PTB no Agreste » “País vai retomar o crescimento sob o comando da presidente Dilma”, diz Armando Mas, o fato é que não há certeza sobre isso e, como o tribunal tem imposto muitas derrotas ao Planalto, há um temor de que, caso o STF diga que pedalada é crime, seja uma sentença final, antes do final do julgamento.
Por isso, a decisão é considerada delicada por alguns assessores do Palácio, que ainda vão discutir mais esta estratégia com os principais assessores diretos de Dilma e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.