Maurício Garcia, Diretor Regional do IBOPE Inteligência em Recife Além da pesquisa de potencial e rejeição de voto que apresentei com mais detalhes para vocês no último artigo, o IBOPE Inteligência também divulgou recentemente dados muito interessantes da opinião pública nacional sobre o atual momento.

Potencial e rejeição de voto para presidente hoje Na primeira pergunta, tentamos saber o que quer o brasileiro nesse momento delicado do país: que Dilma continue seu mandato, com um novo pacto entre governo e oposição, que Dilma sofra o impeachment e o vice-presidente Michel Temer assuma a presidência, ou que Dilma e Michel Temer saiam do governo e ocorram novas eleições para presidente.

O resultado foi o seguinte: A maioria (62%) quer tanto a saída da presidente, quanto do vice , com a realização de novas eleições presidenciais.

E os que mais querem essa dupla saída são: Os mais jovens, com idade entre 16 e 24 anos (70%), Os eleitores com Ensino Médio de escolaridade (68%), Os moradores do Sudeste (67%) Aqueles que moram em municípios com mais de 500 mil eleitores (65%).

Além dessa opinião, um em cada quatro brasileiros gostaria que a presidente Dilma continuasse seu mandato com um novo pacto político.

E esse índice é maior entre: Os eleitores do Nordeste (39%), Os eleitores menos instruídos, com até a 4ª série do Ensino Fundamental (36%), Aqueles que moram em municípios com menos de 500 mil eleitores (33%), Os eleitores com 55 anos ou mais (32%) Já a alternativa mais provável até o momento, com o impeachment da presidente Dilma e posse do vice Michel Temer, é a preferida por apenas 8% dos brasileiros, com destaque apenas entre os eleitores da região Sul, onde chega a 12%.

Essa pesquisa do IBOPE Inteligência também mostra um dado muito interessante: a atual opinião dos eleitores de Dilma em 2014.

Dentro desse grupo, hoje, há uma divisão de opiniões: 45% querem a permanência da petista, enquanto 44% gostariam que fosse realizada uma nova eleição presidencial e 6% querem a posse imediata do vice Michel Temer após o impeachment de Dilma.

Como vemos, uma coisa é a vontade dos brasileiros, outra são os caminhos que o Brasil deve seguir nos próximos meses.