Estadão Conteúdo - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve se encontrar às 15h desta terça-feira (26), na residência oficial da Casa, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Às 18h, Renan estará com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Nesta quarta (27), às 11h, será a vez de o senador se encontrar com o vice-presidente Michel Temer.
LEIA TAMBÉM: > Renan Calheiros diz que processo de impeachment não vai interromper votações no Senado > Petistas dizem que Senado não terá “processo guiado por vingança” Os encontros ocorrem próximos à votação pelo plenário do Senado que, em maio, decidirá se afasta Dilma e abre o processo de impeachment contra a petista.
Caso o processo seja aberto, Temer assumirá interinamente o comando do País.
Antes, contudo, o processo deve passar pela análise da comissão especial do impeachment no Senado.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito oficialmente nesta terça-feira presidente da comissão e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) assume a relatoria do processo.
Desde o ano passado, Renan tem sido um dos principais aliados de Dilma para tentar escapar do impeachment.
Contudo, recentemente, o peemedebista adotou postura de quem atua como juiz no processo.
LEIA TAMBÉM: > STF investiga 1/3 de comissão de impeachment do Senado > Para tentar melar impeachment, grupo de senadores apresenta proposta de novas eleições > Humberto Costa diz que Senado é mais ‘ponderado’ e Dilma vencerá o impeachment Após se encontrar com Lula e Dilma, Renan estará com Temer - os políticos são desafetos históricos no PMDB - em um encontro que tem sido costurado desde a semana passada por interlocutores das duas partes.
Em deferência a Renan, Temer vai à residência oficial do Senado.
Se assumir, Temer terá de aprovar no Congresso até o final de maio a proposta de revisão da meta fiscal de 2016, sob pena de paralisar a máquina pública federal.
Reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na semana passada apontou que Temer terá menos de 20 dias para fazer a mudança e terá de contar com boa vontade de Renan, que preside o Congresso, para garantir a alteração.