A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), defendeu a desativação do Complexo Prisional do Curado, durante audiência pública realizada no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta segunda-feira (25), além da revogação das desapropriações das casas no entorno do presídio.
LEIA MAIS: » Secretário Executivo da SDS entrega o cargo » Polícia Militar pode deflagrar greve nesta quarta-feira » Policiais militares ignoram crise e querem aumento de salários Segundo os parlamentares oposicionistas, o modelo adotado no complexo está ultrapassado, contribuindo para as violações aos direitos humanos ali registradas.
A posição da Oposição leva em conta parecer do Ministério Público do Estado de Pernambuco, que recomenda a desativação do presídio, a exemplo do Carandiru, em São Paulo, que seguia o mesmo modelo e apresentava as mesmas falhas do complexo pernambucano. > Após duas fugas em massa de presidiários, secretário Pedro Eurico segue no cargo > Vídeo registra correria dos presos na fuga do Complexo Prisional do Curado > Fuga em massa no Complexo Prisional do Curado Segundo o promotor de execução Penal do MPPE, Marcellus Ugiette, o Governo do Estado deve traçar um cronograma de desativação gradual do complexo, dividindo a população carcerária em unidades menores. » Deputado denuncia pressão na PMPE para produção de boletins de ocorrência » Solenidade formaliza promoção de 696 oficiais e praças da PM e Bombeiros Militar Líder da Bancada de Oposição, o deputado Silvio Costa Filho (PRB) questionou a ausência do secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Pedro Eurico, de um debate dessa importância. “A ausência do secretário Pedro Eurico é um desrespeito não apenas ao Poder Legislativo, mas principalmente às mais de 70 mil pessoas que residem naquela região”, ressaltou. » Governo decreta caducidade da PPP do Presídio Itaquitinga » Muro do presídio Pamfa, no Complexo Prisional do Curado, é explodido durante a madrugada Para Silvio, não são os moradores que estão no lugar errado, mas o presídio. “Como mostra o Ministério Público, não são os moradores do entorno que fazem mal ao complexo, e sim o presídio que faz mal à população.
Infelizmente, o Governo insiste em desapropriar as casas da região, para viabilizar um recuo de 50 metros do muro do complexo, como se isso fosse resolver os problemas de superpopulação, violência e das condições precárias a que são submetidos os internos”, reforçou. » Tentativa de resgate em presídio deixa um morto » Em meio ao caos nos presídios, novo secretário de Ressocialização é escolhido pelo Governo Ao final do encontro, ficou definida a criação de um frente parlamentar para discutir alternativas para o sistema prisional do Estado.
Também ficou definida que os parlamentares vão procurar o Tribunal de Justiça de Pernambuco e o Governo do Estado para aprofundar a discussão.
Aflição Em nota enviada ao Blog, Ursula Carla Barbosa, que mora perto do complexo, afirma que o momento é de desespero para a população. “Sou moradora da Rua Maria de Lourdes e Silva, no Bairro de Tejipió, e estamos vivendo num desespero aqui e em outras ruas do bairro que ficam próximas ao complexo prisional.
Estamos sendo ameaçados de termos nossas casas demolidas por conta da segurança para o presídio.
Os moradores de Tejipió e diversos bairros próximos estão se mobilizando numa luta pela retirada do complexo desse local”, disse.