Em nota, o secretário da Casa Civil do Governo de Pernambuco, Antônio Carlos Figueira, negou que o PSB tenha feito acordo com o PMDB e o PSDB na votação do impeachment, o que poderia atrapalhar a candidatura do deputado federal Daniel Coelho para Prefeitura do Recife.

Nos bastidores, a informação é de que Paulo Câmara, nas conversas para o fechamento do acordo, teria concordado em liberar os secretários para a votação desde que o PSDB não tivesse candidato no Recife, em uma manobra que beneficiaria o candidato oficial, Geraldo Julio.

No último sábado, Daniel Coelho afirmou, em vídeo nas redes sociais, que o acordo se tratava de boato e que os “socialistas estão com medo”. https://video30.mais.uol.com.br/15839418.mp4?ver=1&r=https://mais.uol.com.br A Casa Civil também nega as negociações. “Com relação aos votos da bancada federal do PSB, eles foram tornados públicos em defesa do impeachment antes mesmo da decisão final do partido, que foi favorável ao impeachment, sem fechar questão.

O PSB desde 2013 não faz arte da base do Governo Federal”, diz nota.

Confira na íntegra: Carece de fundamentos a informação que lhe passaram sobre o posicionamento do PSB na votação do processo de impeachment pelo plenário da Câmara dos Deputados e que foi objeto do post intitulado “Daniel Coelho pode ter sido rifado pelos tucanos nacionais, em acordo com PSB e Temer, na votação do impeachment”.

Seguem algumas explicações necessárias: A conversa que o governador Paulo Câmara teve com o ex-presidente Lula também contou com a participação dos governadores Ricardo Coutinho (Paraíba) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal).

Os três governadores do PSB.

Durante o encontro, Lula perguntou sobre o posicionamento da bancada do PSB e foi informado que, majoritariamente, a bancada do partido votaria pela abertura do processo de impeachment.

Lula não fez nenhuma cobrança.

O ex-presidente chegou afirmar que, caso do impeachment não passasse, gostaria de retomar a relação com o PSB.

O PSB tem pregado o diálogo para superação da atual crise e não tem se negado a conversar com ninguém que se preocupe com o futuro do Brasil.

Durante esse encontro com Lula, não se conversou nem sobre as eleições municipais e nem sobre a liberação ou não de secretários de Estado para participarem da votação na Câmara.

Sobre essa questão, inclusive, o governador Paulo Câmara foi bastante claro nas entrevistas que concedeu sobre o assunto: preferia que os secretários não saíssem, mas respeitaria as decisões de ordem pessoal ou partidária pelo afastamento temporário.

O ex-presidente Lula também não fez nenhum pedido para não liberar os secretários.

Com relação aos votos da bancada federal do PSB, eles foram tornados públicos em defesa do impeachment antes mesmo da decisão final do partido, que foi favorável ao impeachment, sem fechar questão.

O PSB desde 2013 não faz parte da base do Governo Federal.

Entregou todos os cargos e adotou uma posição de independência.

Portanto, não deve ser cobrada do PSB nenhuma postura de partido aliado.

Essa cobrança deve ser dirigida aos partidos que integram e integraram o atual Governo Dilma.

Já as negociações entre o PSB e o PSDB com relação às eleições municipais deste ano também ocorrem de forma transparente.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o governador Paulo Câmara, vice-presidente nacional da legenda, tiveram, sim, reuniões com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

Ambos partidos – aliados nas eleições de 2014, quando o PSDB integrou a coligação de Paulo e o PSB apoiou Aécio no segundo turno das eleições presidenciais – apresentaram suas prioridades para a disputa de 2016.

Sobre a especulada participação do PSB num eventual Governo Michel Temer, o governador Paulo Câmara afirmou publicamente que é favorável ao apoio parlamentar, mas sem a participação do partido em cargos federais.

Esta semana, o PSB deve anunciar sua posição a respeito.

Esses são os fatos corretos.

Antônio Carlos Figueira Secretário da Casa Civil