Estadão Conteúdo - Sob a expectativa de assumir o Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) está tendo dificuldade para montar uma base aliada consistente no Congresso.
Principal interlocutor do gabinete de uma provável transição, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não está conseguindo amarrar apoios.
LEIA MAIS: » Bancada do PSB refuta informações sobre apoio ao impeachment » Em dura nota oficial, PT de Pernambuco chama PSB de partido do golpe » Fernando Filho diz que é hora de ter coragem e por isso o PSB diz ‘sim ao impeachment’ Na quinta-feira, 28, a direção executiva do PSB, partido que conta com 33 deputados federais e sete senadores, se reunirá para definir uma posição sobre uma eventual administração Temer.
A maioria do colegiado defende a mesma linha que hoje é majoritária no PSDB: não participar com cargos caso Temer assuma a Presidência.
A proposta é apoiada pela maioria da direção da legenda e defendida por dois caciques do partido, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. » Para Osmar Ricardo, ao defender impeachment, PSB rasga sua história » Humberto Costa critica PSB de Paulo Câmara por dar apoio ao PMDB » PSB rebate carta da Frente Popular e diz que PT não é responsável por investimentos em PE “Uma virtual nova administração precisa ter liberdade para escolher os melhores quadros. É preciso acabar com o toma lá, dá cá”, diz o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
O discurso oficial do gabinete de transição é que eventual novo governo terá, de partida, os 367 votos favoráveis ao impedimento de Dilma Rousseff na Câmara, número que viabiliza a votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Centrão Na prática, porém, a “independência orgânica” dos dois maiores partidos de oposição tende a levar Temer para a permanente e desgastante negociação de varejo com partidos como PP, PSD e PR, que compõem o chamado Centrão. » Aline Mariano diz que aliança entre PSDB e PSB ainda está sendo cogitada » Líder no Senado defende que PSDB não aceite cargos em eventual governo Temer » Daniel Coelho pode ter sido rifado pelos tucanos nacionais, em acordo com PSB e Temer, na votação do impeachment “Tem partido que morreu com a Dilma e pode acabar ressuscitando no governo Temer”, diz o deputado Silvio Torres (SP), secretário-geral do PSDB.
Ele defende a licença do partido por tucanos que aceitarem cargos em eventual novo governo.
Para não perder o controle sobre suas bancadas, a cúpula do DEM já visitou Temer.
Disse que dará apoio congressual ao novo governo, mas exigiu que qualquer conversa aconteça em caráter institucional. “Se ele precisar do apoio de um quadro nosso, a conversa será institucional”, diz o senador José Agripino, presidente do DEM.
A lista de prioridades do partido já está definida: os deputados Mendonça Filho (PE), Rodrigo Maia (RJ) e José Carlos Aleluia (BA) e o senador Ronaldo Caiado (GO), aposta do DEM para 2018. » Juventude do PSB discute a participação do jovem nas discussões políticas » Daniel Coelho diz que acordo PSDB, PSB e Temer é boato e socialistas estão com medo Aliados de Temer reconhecem que a proposta de reduzir o número de ministérios é simpática, mas dificultará a montagem da base.
A saída será ocupar o segundo escalão, mas isso pode gerar um agenda negativa.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.