Nesta segunda-feira, 25, às 10h o Sindicato dos Bancários realiza protesto contra a demissão de bancário que sofreu sequestro no ano passado.
O ato vai acontecer na agência do Banco Santander da Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem.
Além do sindicato dos bancários, representantes da CUT-PE (Central Única dos Trabalhadores), do Sindicato dos Vigilantes e outros movimentos sindicais de Pernambuco prestarão solidariedade no ato.
O gerente demitido trabalhava na agência do Cabo de Santo Agostinho e foi sequestrado por quatro bandidos quando saia de casa para ir ao trabalho.
Segundo a entidade, um dos suspeitos acompanhou a vítima até a agência, enquanto o restante do grupo dava cobertura.
O fato ocorreu em outubro de 2015. “Ele foi demitido pelo banco sem uma justificativa plausível e ainda alegando justa causa”.
Segundo o Sindicato dos Bancários, em dezembro de 2015, o gerente da Agência Cabo de Santo Agostinho do banco Santander, ao sair de casa para o trabalho, foi abordado por assaltantes que tinham alugado o apartamento vizinho ao que ele morava, num privê naquela cidade.
O bancário foi levado ao interior do apartamento em que estavam os assaltantes e foi ameaçado de morte, como também sua família, mulher e filha recém-nascida. “Se o bancário não agisse como eles ordenaram, a quadrilha invadiria o seu apartamento onde estava sua família.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos, que estava à frente naquela ocasião, provavelmente a quadrilha monitorava o bancário há muito tempo para achar o melhor momento para agir”. “Esse não foi o primeiro sequestro dessa natureza no Estado naquele ano, tampouco é o primeiro a funcionários do Santander, mas, foi o primeiro onde o banco decidiu agir dessa forma, praticamente responsabilizando o funcionário pelo ocorrido e até mesmo desconfiando de sua idoneidade, ao demiti-lo por Justa Causa.
O banco tenta se eximir de responsabilidade e imputar ao trabalhador uma responsabilidade que ele não tem.
Ninguém em sã consciência pensaria duas vezes em proteger a quem ama, do contrário estaria amando mais ao patrimônio do banco e ao lucro dos acionistas, que a sua própria família”, diz o sindicato.