Jayme Asfora, em depoimento ao repórter Edson Mota Sou a favor da admissibilidade do impeachment no Senado.
Há indícios evidentes da prática de vários crimes como corrupção, ações de improbidade e de (dentre outros) atos atentatórios ao livre exercício do Poder Judiciário - além de agressões à lei orçamentária, elementos estes configuradores de crimes de responsabilidade.
Tudo, claro, respeitando-se rigorosamente a Constituição Federal e balizado pelo Supremo Tribunal Federal, como já vem sendo feito.
No entanto, acho que é fundamental neste momento nos preocuparmos com o porvir.
O principal será darmos continuidade ao trabalho de fortalecimento das instituições democráticas, dentre as quais se insere a operação LAVA JATO.
Seria pesaroso para nosso jovem Estado Democrático de Direito que este grande e notável esforço institucional tivesse o melancólico fim da Operação Mãos-Limpas na Itália, no começo dos anos 90.
A primeira etapa deve ser afastar os Presidentes da Câmara e do Senado.
Eduardo Cunha que já é réu no STF, por enriquecimento ilícito, mente de maneira comprovada e cada vez mais descarada, além de agir com permanente abuso de poder para q seu processo de cassação fique estagnado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Renan Calheiros responde a nada menos que 10 (dez) inquéritos no STF e já foi até afastado em 2007 da Presidência do Senado - em sua primeira passagem pelo cargo.
Na verdade, não podemos permitir que nenhum acordão ou conchavo venha a ser concretizado para salvar a pele de quem quer que seja; por exemplo Aécio Neves (por demais comprometido na LAVA JATO) ou a cúpula do PMDB, nos casos já citados e em outros.
As pessoas não podem sair das ruas pois muito ainda há de ser feito na luta contra a corrupção sistêmica que está impregnada no Brasil.
Por fim, acredito na solidez da democracia brasileira.
Creio q ela suportará os solavancos que se fizerem necessários para q o Brasil tenha paz, progresso social e econômico, tudo carreado p uma Administração Pública que siga, inflexivelmente, os princípios constitucionais da Legalidade, da Moralidade, da Impessoalidade, da Transparência e da Eficiência.