Em defesa da presidente Dilma Rousseff, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, deve usar na defesa do Governo em processo de impeachment no Senado, possíveis “desvios de poder” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados.
LEIA MAIS: » STF adia julgamento de Lula » Lula está inconformado com voto de Tiririca, diz jornal » Lula já articula resistência a Michel Temer Esses “desvios” teriam sido praticados durante a votação do último domingo (17) e uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos).
As informações são do jornal Folha de S.
Paulo.
De acordo com a Folha, Cardozo diz que na sessão que abriu o processo de análise do impeachment pelo Senado, Eduardo Cunha não advertiu ao microfone os parlamentares, o que ele deveria ter feito, pois fatos relacionados a Petrobras e Pasadena não deveriam ser considerados durante a votação, conforme decisão do STF. » Voto pernambucano sacramenta impeachment de Dilma Rousseff » Temer e Cunha impõem derrota a Dilma.
Impeachment é aprovado na Câmara dos Deputados Além disso, Cardozo vai apresentar ao Senado uma decisão da Corte Interamericana na a qual parlamentares não podem utilizar de “questão fechada” pelos partidos políticos como argumento para dar votos em casos como impeachment. > Governistas negociam apoio em eleições em troca de votos contra impeachment > Bancada de Pernambuco tem 16 votos a favor e 5 contra impeachment > Começa com tumulto sessão que vai decidir admissibilidade do impeachment Ainda segundo o advogado-geral da União, os deputados deveriam votar “de acordo com sua consciência” e as provas do processo, sem considerar decisões dos seus partidos, como alguns fizeram na votação.
Já o chamado “golpe” continuará sendo usado no Senado por Cardozo, como antecipou ele em entrevista à Folha.