Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula Estadão Conteúdo - Embora o presidente nacional do PT, Rui Falcão, tenha dito nesta semana que o partido não vai discutir a proposta de realização de novas eleições por se tratar de prerrogativa exclusiva da presidente Dilma Rousseff, setores da sigla mantêm as articulações em torno da alternativa.
LEIA MAIS: » Aliados de Michel Temer veem ‘tentativa de golpe’ em proposta de novas eleições » Álvaro Porto defende eleições gerais contra crise de credibilidade dos políticos » Para tentar melar impeachment, grupo de senadores apresenta proposta de novas eleições A posição oficial do partido obedece à estratégia definida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem o objetivo de não desrespeitar Dilma, já que a proposta implica a abreviação do mandato da presidente e só poderia partir dela mesma.
Dilma não tem demonstrado empolgação, mas também não descartou definitivamente a possibilidade.
Em conversa com jornalistas, na semana passada, disse ter “respeito” por uma solução que “passe pelo voto popular”.
Já na entrevista coletiva concedida na segunda-feira, desconversou e disse que a proposta não está colocada. » Senadores querem PEC para novas eleições junto com impeachment » Eleições de 2018 começam nesta segunda para o PT, diz socióloga » Ministros e PT defendem que Dilma reduza mandato em 2 anos e lance ‘eleições diretas’ Pelo plano traçado por Lula, governo e PT se afastam do assunto e miram no discurso na possibilidade (remota) de reverter a decisão da Câmara no Senado e na deslegitimação de um eventual governo Michel Temer (PMDB). » Enquete: Quem deveria assumir o País em caso de impeachment?
Em outra frente, senadores petistas continuam as articulação em torno da proposta no Congresso e com outros partidos como a Rede e movimentos sociais mantêm o assunto aceso na sociedade.
Anteontem, Guilherme Boulos, do MTST, defendeu diante de Lula a realização de novas eleições durante reunião do diretório nacional do PT.
A decisão final, que cabe a Dilma, só deve ser tomada às vésperas da votação no Senado.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.