Em reunião com o secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) exigiram a exoneração do corregedor geral da Polícia, Servilho Paiva, por suposta perseguição aos dirigentes do sindicato.

LEIA MAIS: » Sinpol rebate SDS e reafirma que Governo ‘persegue dirigentes’ » SDS diz que presidente do Sinpol acumulava emprego público na Paraíba » Sinpol realiza passeata contra possível perseguição do governo Paulo Câmara ao movimento sindical A reunião ocorreu logo após uma passeata promovida pelo sindicato com o tema “Não Vão Calar o Sinpol”, realizada na manhã dessa terça-feira (19) e que percorreu a Avenida Conde da Boa Vista, Rua da Aurora e terminou em frente ao Palácio do Campo das Princesas.

De acordo com o Sinpol, sete dirigentes estão sofrendo processos administrativos em razão da luta sindicato empreendida durante a campanha salarial de 2015.

Antes de chegar ao Palácio, os policiais realizaram um ato político em frente à Corregedoria Geral da Polícia. » Presidente do Sinpol se esquiva, mas afirma que não vai se calar » Em nota oficial, Sinpol diz que não atacou honra de Paulo Câmara e fez apenas críticas políticas O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, dirigiu-se ao corregedor. “Não tenho medo desse cargo que você exerce, Servilho.

Você é um instrumento do Governo Paulo Câmara, que vai completar dois anos sem resolver os problemas de Pernambuco.

O Pacto pela Vida nas mãos dele faliu e quem está sofrendo com tudo isso é o povo pernambucano.

Quem não se lembra que o governador disse que iria dobrar o salário dos professores.

Ele fez isso?”, questionou Áureo. » Sinpol inicia jornada de visitas às delegacias de Pernambuco » Antônio Moraes pediu que Sinpol não entrasse em greve no Carnaval » Governo do Estado abre cinco processos contra policiais civis, segundo Sinpol O movimento recebeu solidariedade de outros sindicatos como os Rodoviários, trabalhadores dos Correios, servidores do Detran, professores do Recife, Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), Associação dos Delegados de Polícia, Federação dos Policiais Civis, o ex-deputado Paulo Rubem Santiago, os deputados estaduais Joel da Harpa (PHS) e Edilson Silva (Psol), dentre outros. “O processo administrativo é um processo que apura suposto desvio de conduta de um policial.

Mas lutar por sua categoria, pela valorização, pela ética, pela segurança pública de qualidade que tem o objetivo de dar assistência à população, isso não é crime”, disse Constantino Junior, do Sinpol do Piauí. » O que faliu o Pacto Pela Vida foi a falta de investimento na polícia, diz Sinpol » Para o Sinpol, segurança pública de PE se baseia em ‘marketing de um programa esgotado’ O membro da Feipol (Federação Interestadual de Policiais Civis) e diretor do Sinpol do Ceará, Francisco Lucas, advertiu que o corregedor Servilho Paiva também sofreu rejeição de todas as corporações em seu Estado exatamente por conta de perseguições políticas que ocorriam. “O Sinpol também vai estudar medidas judiciais para que a perseguição aos seus membros seja barrada, assim como vai continuar na luta incansável para melhorar a segurança pública no Estado”, disse Áureo.