Nesta quarta-feira (20) os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, reuniram-se com os senadores aliados de Dilma no Senado para tratar do processo de impeachment da presidente, que começou a tramitar na Casa nesta semana.
O encontrou ocorreu no gabinete do 1º vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) e contou com a participação de 18 parlamentares do PT, PP, PMDB, PDT, PSB, PPS e PR, entre eles o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE). “Os ministros apresentaram uma série de argumentos que desmontam a tese de que a presidenta cometeu crime de responsabilidade e reiteraram que a ação tem de ser concentrada apenas nos dois fatos apontados no parecer aprovado na Câmara dos Deputados: os decretos de suplementação orçamentária e as atividades fiscais que beneficiaram o programa de crédito agrícola Plano Safra”, defendeu. “Foi uma reunião suprapartidária, da qual participaram, aliás, senadores que defendem o impeachment.
Os ministros vieram mostrar, com argumentos sólidos e bem detalhados, a nulidade de todo esse processo.
Vamos levar esses argumentos à população para que cada brasileiro entenda que, em nenhum momento, a presidente cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos mesmo sem autorização do Congresso Nacional e atrasar repasses para quitar dívida com o Banco de Brasil, que emprestou dinheiro em benefício do Plano Safra”, afirmou Humberto Costa.
Na reunião, os ministros reforçaram que o processo de impedimento de Dilma deveria ser considerado “nulo” porque houve desvio de finalidade na apreciação do procedimento na Câmara.
Eles entendem que ficou evidente a condução viciada por parte do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O senador reafirmou que o PT e os partidos aliados vão lutar para que a tramitação do processo no Senado siga todas as normas, em respeito aos direitos constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contrário. “Obviamente, iremos seguir denunciando essa tentativa imoral, ilegal e ilegítima de apear da Presidência da República uma mulher eleita pela maioria expressiva do povo brasileiro”, declarou.