Nesta tarde de terça-feira, um grupo de senadores, alinhados com a presidente Dilma e dissidentes em partidos que defenderam o Impeachment, como PSB e Rede, acabam de apresentar formalmente no Senado uma proposta de emenda constitucional pedindo novas eleições.

Renan Calheiros recebeu o pedido, mas não se comprometeu.

A oposição criticou a iniciativa, afirmando que é natimorta e visava apenas dar uma no cravo e outra na ferradura, para não tomar posição.

Impeachment é aprovado na Câmara e segue para o Senado São seis senadores de diferentes partidos que colhem assinaturas para apresentar a proposta.

As eleições antecipadas seriam uma alternativa ao processo de impeachment da presidente Dilam Rousseff, que está sendo analisado pelo Senado. » FBC diz que Senado terá entre 47 e 54 votos a favor do impeachment » Armando Monteiro admite pedir exoneração para lutar contra impeachment no Senado » Bolsonaro lembra militares de 64 e coronel Ustra ao declarar voto a favor do impeachment Uma das lideranças desta proposta é a senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

Outro é João Capiberibe, do PSB do Amapá.

Nesta terça-feira (19), em Plenário, a socialista baiana defendeu a aprovação da proposta para que sejam feitas novas eleições presidenciais em outubro deste ano. “Pode ser, sim, uma saída para um momento político que vivemos, que não implique em apostar em um caminho que não é capaz de responder à insatisfação e ao tamanho da crise que vivemos.

Um tamanho que exige legitimidade no poder, que exige um governo que tenha força política para tratar das questões de todo povo brasileiro nesse momento para a saída da crise — reforçou.

Veja como votaram os deputados pernambucanos no impeachment Bruno Araújo diz que fim do governo é um passo obrigatório para o Brasil se recuperar LEIA MAIS: >Documentos do impeachment chegam ao Senado » Impeachment é aprovado na Câmara e segue para o Senado » Armando Monteiro admite pedir exoneração para lutar contra impeachment no Senado » Acompanhe os próximos passos do processo de impeachment » Levantamento aponta que impeachment tem maioria no Senado » Humberto Costa diz que Senado é mais ‘ponderado’ e Dilma vencerá o impeachment Lídice rebateu as críticas de que a proposta seria uma maneira de lançar uma “cortina de fumaça” sobre o processo de impedimento.

Segundo a senadora, essa alternativa já estava em discussão antes da Câmara dos Deputados ter admitido a continuidade do processo.

Para ela, líderes políticos não devem mudar de ideia de acordo com aquilo que os favorece, mas têm de votar de acordo com a consciência, sem pressão.

A senadora disse ainda esperar que a análise do processo de impeachment no Senado ocorra de forma tranquila, com uma postura mais madura que a apresentada por alguns parlamentares na Câmara dos Deputados.

Na sua opinião, muitos deles trataram com chacota e ironia um episódio lamentável para o Brasil.