Estadão Conteúdo - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e hoje advogado Joaquim Barbosa utilizou nesta segunda-feira, 18, seu perfil no Twitter para desabafar sobre seu descontentamento com o teor dos votos dos deputados no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no último domingo.

LEIA MAIS: » Documentos do impeachment chegam ao Senado » Impeachment é aprovado na Câmara e segue para o Senado » Armando Monteiro admite pedir exoneração para lutar contra impeachment no Senado O ex-ministro não se manifestou a favor nem contra o impeachment da petista. “É de chorar de vergonha!

Simplesmente patético!”, afirmou o ex-ministro que ficou famoso pela sua atuação dura no processo do mensalão, que levou à prisão os principais nomes da cúpula do PT.

O comentário de Barbosa foi feito logo após criticar a imprensa brasileira e recomendar aos seus seguidores assistirem a entrevista de Glenn Greenwald à emissora de TV americana CNN e também lerem a matéria da revista britânica The Economist listando as justificativas dos deputados em seus votos pelo impeachment. » Acompanhe os próximos passos do processo de impeachment » Levantamento aponta que impeachment tem maioria no Senado » Humberto Costa diz que Senado é mais ‘ponderado’ e Dilma vencerá o impeachment Nos votos, a maioria dos parlamentares favoráveis ao afastamento da petista não fizeram nenhum comentário ou posicionamento sobre as pedaladas fiscais - manobras contábeis que embasam o pedido de impeachment - e utilizaram como justificativa seus próprios familiares, “Deus”, “cristianismo”, o fim da corrupção, dentre outros motivos que surpreenderam até jornais internacionais. “Anotem: teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história”, seguiu Barbosa, que em nenhum momento se manifestou se era favorável ou contra o afastamento da presidente. > ‘Deputado dos confetes’ foi o que mais faltou em 2015 » UNE diz que Câmara aprovou ‘de forma viciada’ o pedido de impeachment » Dilma se diz injustiçada e indignada com abertura do processo de impeachment » “Presidenta está tranquila e decidida a lutar contra o golpe”, diz aliada, após reunião no Palácio do Planalto No último domingo, 17, a Câmara dos Deputados aprovou, com 367 votos favoráveis, mais do que os 342 necessários, a continuidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff, que agora está sob análise no Senado. > Durante votação, Jean Wyllys cospe em direção a Jair Bolsonaro > Internautas satirizam as declarações de voto dos deputados > Veja como votaram os deputados pernambucanos no impeachment > Voto pernambucano sacramenta impeachment de Dilma Rousseff Se for aceito também no Senado, a presidente será afastada por 180 dias para ser julgada pelo Congresso e, neste período, o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência.

Se ao final do processo o Congresso decidir pelo afastamento da petista, o vice segue como presidente até o final do mandato, em 2018.