Foto: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados Por Franco Benites, da coluna Pinga-Fogo O empresário Eduardo da Fonte (PP) chegou ao terceiro mandato como deputado federal com um arrastão de votos em 2014.
Ele obteve a preferência de 283.567 pernambucanos, ficando bem à frente do segundo deputado mais bem votado, o Pastor Eurico (PHS), com 233.762 votos.
Conhecido em Brasília como Dudu da Fonte, o progressista se destacou no último domingo de maneira negativa ao ter colocado o filho de 15 anos para “votar” na hora do impeachment e levou um pito do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB).
Dudu da Fonte foi bastante criticado, nos bastidores, pela atitude.
Políticos de diversos partidos ridicularizam o deputado e afirmaram que a postura não condizia com o peso que Pernambuco tem em Brasília.
O progressista se defende das críticas e insiste que não fez nada de errado.
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Meu filho tem 15 anos, é um pré-adolescente, convive comigo na política desde o começo. É natural.
Acho que quem conhece minha trajetória política viu que ele particiou comigo de todos os momentos.
Isso é natural.
Todos os eventos que vou ele está do meu lado.
Não é proibido botar ele votar.
Ele disse sim, eu disse sim também. É um adolescente, representa os amigos dele do colégio.
Os amigos perguntavam a ele todo dia pelo meu voto.
O pessoal do futebol,do grupo do whatsapp pressionando, ligando para ele, falando com ele.
O pessoal do colégio, os amiguinhos dele todos.
Nas minhas campanhas, ele participa do meu lado, gosta de interagir.
Não vejo problema nenhum nisso”, afirmou.
TRAIÇÃO A DILMA Em Brasília, Dudu da Fonte também foi acusado de traidor da base aliada.
Ele trabalhou arduamente para angariar votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas quando o momento da votação na Câmara Federal se aproximava avisou que estava na categoria dos “indecisos”.
Horas antes do início da sessão de votos, ele anunciou que votaria SIM ao afastamento da petista. “O que aconteceu foi uma questão partidária.
O partido fechou questão.
Eu sou um cara de partido e tenho que acompanhar o partido.
Não foi uma decisão individual.
Todo mundo pedindo na rua para votar sim.
As pessoas que criticam são um monte de invejosos, que não têm votos.
Recebi mais de 300 mil mensagens.
Aí a gente vota e o povo ainda fala da gente? É gente que não tem o que fazer e que não tem voto.
Se eu votasse contra eu estava sendo elogiado?
Eu sigo o partido e as consultas que fiz.
A repercussão foi totalmente positiva para mim.
Colaborei com o governo em assuntos importantes, mas dessa vez o partido fechou questão”, disse.